Denunciou massacres e foi condenado a 3 anos de prisão por tribunal russo
Um tribunal russo condenou hoje um documentarista a três anos de prisão por publicar mensagens nas redes sociais a denunciar massacres atribuídos ao Exército de Moscovo na Ucrânia.
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Mundo Rússia
Em comunicado, o Tribunal Distrital de Vyborsky, em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, revelou que Vsevolod Koroliov foi considerado culpado de "difundir informações falsas" sobre o Exército russo.
Segundo a organização não-governamental (ONG) Memorial, o documentarista e poeta de 36 anos foi preso em julho de 2022.
Antes disso, tinha produzido filmes sobre a repressão contra a artista Alexandra Skotchilenko e a jornalista Maria Ponomarenko, que cumprem longas penas de prisão na Rússia por terem denunciado a ofensiva lançada em fevereiro de 2022 pelo líder do Kremlin (presidência), Vladimir Putin, contra a Ucrânia.
De acordo com a acusação, Koroliov publicou na rede social russa Vkontakte, entre meados de março e meados de abril de 2022, mensagens falsas sobre "assassínios em massa de civis" nas cidades ucranianas de Bucha, Borodyanka e Donetsk.
A Ucrânia acusa as forças russas de terem matado centenas de civis em Bucha e Borodyanka, nos arredores de Kiev, quando ocuparam estas localidades na primavera de 2022 e que depois abandonaram para se concentrarem nas frentes no leste e sul do país.
Embora muitos meios de comunicação social independentes e ONG tenham corroborado e documentado estas acusações, Moscovo nega-as, considerando-as uma encenação e reprimindo qualquer crítica à sua ofensiva na Ucrânia com multas e penas de prisão.
Na terça-feira, um tribunal de Volgogrado (sudoeste) condenou outro homem acusado de "difundir informações falsas" a cinco anos de prisão, depois de publicar mensagens na Internet denunciando massacres de civis na Ucrânia.
Segundo a agência de notícias russa Ria Novosti, este homem recusou-se a declarar-se culpado e tentou, sem sucesso, recorrer da sentença.
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