Hospital terá vendido certidões de nascimento a barrigas de aluguer

Um hospital da província de Guizhou, no centro da China, está a ser investigado depois de ter sido acusado de vender certidões de nascimento falsas para bebés nascidos através de barriga de aluguer, prática ilegal no país.

Gémeos, Bebés,

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Lusa
19/03/2024 08:54 ‧ 19/03/2024 por Lusa

Mundo

China

O caso veio a público após uma denúncia por um ativista nas redes sociais chinesas de que o hospital vendeu certidões de nascimento fraudulentas para regularizar a identidade de crianças nascidas de mães de aluguer, em colaboração com uma agência ilegal.

De acordo com as alegações do ativista, o hospital, localizado na cidade de Kaili, está envolvido na venda de certidões de nascimento desde 2016, informou o jornal local The Paper.

A diretora do hospital, identificada apenas pelo seu apelido, Wang, terá cobrado cerca de 30.000 yuan (3.800 euros) por cada nascimento de uma barriga de aluguer, de acordo com a queixa.

Numa visita recente ao hospital, o investigador acusou pessoalmente a diretora, que inicialmente negou qualquer envolvimento, mas mais tarde admitiu ter facilitado vários partos de substituição e emitido certidões de nascimento.

Na sequência das revelações, a comissão de saúde local anunciou na segunda-feira a criação de uma equipa para investigar os pormenores do caso.

Em novembro passado, o mesmo ativista acusou um hospital da província central de Hubei de vender certidões de nascimento falsas por mais de 60.000 yuan (7.730 euros) cada, alegações que levaram à detenção de seis pessoas e à abertura de um inquérito oficial.

A certidão de nascimento é o primeiro documento na vida de uma pessoa e é um pré-requisito para o registo de residência, vacinação e cartão de segurança social no país asiático.

O tráfico de seres humanos é um problema persistente na China, exacerbado pela política de longa data do filho único e pelo desequilíbrio de género, que, segundo o Banco Mundial, fez com que houvesse mais 42 milhões de homens do que mulheres em 2017, embora nos últimos anos tecnologias como a análise de ADN e o reconhecimento facial tenham ajudado a resolver casos que estavam suspensos há anos.

Leia Também: Quase 60% das pessoas na China sofrem de insónias

 

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