O grupo pró-Palestina 'Palestine Action' partilhou, esta sexta-feira, imagens de um manifestante a destruir um quadro do antigo primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros britânico Arthur Balfour, que, em 1917, lançou as bases para a criação do Estado de Israel.
O protesto aconteceu no Trinity College da Universidade de Cambridge e as imagens, que pode ver na galeria acima, mostram uma mulher a manchar o quadro com uma tinta vermelha antes de o cortar.
"Redigida em 1917, a Declaração de Balfour deu início à limpeza étnica da Palestina, prometendo a terra - algo que os britânicos nunca tiveram o direito de fazer", denunciou o grupo nas redes sociais.
A Declaração de Balfour foi assinada pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros, a 2 de novembro de 1917, na qual referiu que o governo britânico "encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um Lar Nacional para o Povo Judeu e empregará os seus melhores esforços no sentido de facilitar a realização deste fim".
O vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Oliver Dowden, já condenou o protesto e afirmou estar "chocado com este ato idiota de vandalismo". "Os autores devem enfrentar toda a força da lei", acrescentou numa publicação na rede social X.
Segundo a polícia local, não foi feita qualquer detenção até ao momento.
Sublinhe-se que conflito entre o grupo islamita palestiniano Hamas e Israel, que escalou a 7 de outubro de 2023, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 30 mil mortos, mais de 71.000 feridos e cerca de 8.000 desaparecidos soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.
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