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Noruega vai "continuar a financiar" agência da ONU na Palestina

Informação foi avançada pela embaixadora da Noruega junto da ONU.

Noruega vai "continuar a financiar" agência da ONU na Palestina
Notícias ao Minuto

23:59 - 04/03/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Noruega

A embaixadora da Noruega nas Nações Unidas, Merete Fjeld Brattested, disse, esta segunda-feira, que o país nórdico pretende continuar a financiar a Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla inglesa).

Brattested disse que a UNRWA é o "principal salva-vidas" para os palestinianos na Faixa de Gaza, "que se encontram numa catástrofe humanitária".

"A Noruega decidiu continuar a financiar [a UNRWA]. As necessidades de milhões de pessoas não podem ser postas de lado devido à alegada participação de um pequeno número de funcionários da UNRWA nos ataques de 7 de Outubro", disse Merete Fjeld Brattested, num comunicado publicado no website da missão norueguesa na ONU e citado pela agência de notícias Al Jazeera.

A embaixadora de Oslo na ONU disse ainda que "a Noruega insta outros doadores a refletirem sobre as consequências mais amplas da suspensão do financiamento à UNRWA neste momento de extrema angústia humanitária".

De acordo com o exército israelita, os serviços de informações determinaram que a UNRWA "emprega mais de 450 membros de organizações terroristas na Faixa de Gaza, principalmente o Hamas", e que estes grupos "exploram rotineiramente organizações de ajuda internacional para fins terroristas".

Para o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, a colaboração dos funcionários da UNRWA com o Hamas não é um acontecimento isolado, mas um padrão.

Os ataques sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro em Israel resultaram na morte de cerca de 1.200 pessoas, sendo que outras 250 foram sequestradas.

Segundo Israel, 130 reféns continuam detidos em Gaza, sendo incerto quantos estão ainda vivos, quase cinco meses depois do ataque do Hamas e do início da resposta israelita no enclave, com bombardeamentos e incursões terrestres.

Em janeiro, Israel acusou a UNRWA de ter pelo menos 12 funcionários que participaram no ataque.

A agência da ONU rescindiu imediatamente os seus contratos e abriu uma investigação, mas antes mesmo de obter os resultados, 18 países anunciaram a suspensão do seu financiamento à agência da ONU, incluindo alguns dos seus principais doadores como os Estados Unidos, Canadá, Alemanha ou Japão.

A UNRWA, que tem cerca de 30.000 funcionários, é o principal fornecedor de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, enclave devastado após cinco meses de guerra que resultaram em mais de 30.500 mortos, 72.000 feridos, 7.000 desaparecidos - 70% dos quais crianças e mulheres - e dois milhões de pessoas deslocadas que sobrevivem a uma crise humanitária sem precedentes, de acordo com dados das autoridades locais.

As Nações Unidas têm apontado que, até agora, Israel não partilhou quaisquer provas das suas acusações com os investigadores ou com a UNRWA.

Esta agência da ONU acusou hoje as autoridades israelitas de terem cometido atos de tortura contra alguns dos seus funcionários na Faixa de Gaza, segundo um comunicado enviado à agência France-Presse (AFP).

Leia Também: Israel acusa agência da ONU de empregar "mais de 450 terroristas"

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