Coreia do Sul inicia exercícios militares conjuntos com Estados Unidos

Os exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos iniciaram hoje os primeiros grandes exercícios militares conjuntos desde janeiro, quando Pyongyang abandonou um acordo de 2018 com Seul para evitar incidentes armados na fronteira.

Coreia do Sul bandeira

© Getty Images

Lusa
04/03/2024 06:46 ‧ 04/03/2024 por Lusa

Mundo

Coreia do Sul

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS, na sigla em inglês) anunciou o início dos exercícios bianuais, chamados de "Escudo da Liberdade", que vão durar até 14 de março.

O JCS disse que as manobras se baseiam "em cenários que refletem diversas ameaças no ambiente de segurança e nas lições aprendidas nas guerras e conflitos recentes", e incluem exercícios para "combater as operações nucleares da Coreia do Norte", de acordo com um comunicado.

Além de exercícios de posto de comando, com simulações criadas por computadores, o plano inclui manobras terrestres em terra, mar e ar.

Na semana passada, os militares sul-coreanos disseram que o "Escudo da Liberdade" vai incluir 48 exercícios de campo, o dobro do realizado no ano passado, com exercícios de tiro real, bombardeamentos, assalto aéreo e interceção de mísseis.

Esta edição vai contar com a participação de elementos de 11 países: Austrália, Bélgica, Canadá, Colômbia, França, Reino Unido, Grécia, Itália, Nova Zelândia, Filipinas e Tailândia.

Todos estes países fazem parte da coligação internacional, sob a égide da ONU e liderada pelos EUA, que defendeu a Coreia do Sul da invasão por parte do Norte, que deu início à Guerra da Coreia (1950-53).

Em janeiro, a Coreia do Norte, que frequentemente acusa os aliados de usarem estes exercícios como um ensaio para invadir o território norte-coreano, anunciou que ia abandonar um tratado militar assinado em 2018 com o Sul para reduzir a tensão nas fronteiras.

O líder do regime de Pyongyang, Kim Jong-un afirmou, na altura, que a península coreana está "cada vez mais perto de um conflito armado" e mais tarde ordenou a retirada de símbolos de reconciliação com a Coreia do Sul, apelidada de "inimigo principal invariável" e "fantoche de primeira classe".

A Coreia do Norte tem reforçado as relações com a Rússia, designadamente com a deslocação a solo russo, em setembro passado, de Kim Jong-un para um encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin.

Posteriormente, Seul e Washington afirmaram que Pyongyang tinha enviado armas para a Rússia usar na Ucrânia, violando várias resoluções da ONU.

Desde que chegou ao poder em 2022, o Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, reforçou a cooperação na defesa com os EUA e o Japão, sobretudo através de manobras conjuntas alargadas, para contrariar as ameaças crescentes de Pyongyang.

A Coreia do Norte conduziu, desde o início de 2022, mais de 100 testes de mísseis para modernizar o arsenal, numa altura em que as negociações com os Estados Unidos e a Coreia do Sul estão há muito paralisadas.

Leia Também: Pelo 6º ano, Coreia do Sul tem taxa de fertilidade mais baixa do mundo

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