O presidente da organização humanitária Refugees Internacional comentou, este sábado, a entrega de ajuda a Gaza por via aérea, apontando que esta é uma das 'piores' formas de o fazer - e explica porquê.
"Só se recorre a estes lançamentos quando há alguma coisa no terreno que está a bloquear os transportes", explicou Jeremy Konyndyk à publicação Al Jazeera.
"São muito caras e podem ser perigosas porque há muita coisa que pode correr mal quando as coisas caem e entregam um volume muito pequeno de ajuda. Relativamente ao nível de necessidade que existe atualmente em Gaza, não é suficiente para fazer uma mossa significativa na crise humanitária", explicou o responsável.
Mas Konyndyk aponta ainda que esta é ajuda necessária, mas deve-se perguntar porquê. "É preciso porque ao longo dos últimos cinco meses, a ofensiva militar israelita tem tornado praticamente impossível que operações humanitárias existam em Gaza", referiu.
O líder da organização sugeriu ainda que Telavive poderia estar a abrir mais fronteiras, mas que se têm recusado a tal. "Mesmo as duas passagens a sul que estão abertas têm visto o volume (de ajuda] a diminuir. Estão a tornar realmente difícil que os grupos humanitários atuem em Gaza - há ataques aéreos e navais", recordou.
Em jeito final, o responsável considerou que a existência atual destes lançamentos é uma reflexão do quão difícil e mesmo "impossível" o governo israelita tem tornado possível uma "normal e eficiente operação humanitária em Gaza".
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