O Qatar, os Estados Unidos e o Egito estão a tentar obter um acordo entre o Hamas e Israel, que preveja uma trégua de seis semanas e a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, tinha inicialmente manifestado a sua "esperança" de que um acordo pudesse ser assinado até segunda-feira, antes de se retratar.
Na sexta-feira, afirmou que "esperava" que o cessar-fogo em Gaza pudesse ser alcançado até ao Ramadão, o mês sagrado muçulmano que começa a 10 ou 11 de março.
"Mas podemos não ser bem-sucedidos", frisou.
A fonte próxima do Hamas, que pediu o anonimato, disse que a delegação do movimento palestiniano iria "encontrar-se com os egípcios que supervisionam as negociações de cessar-fogo, a fim de acompanhar o desenvolvimento das discussões destinadas a travar a ofensiva (israelita) e a guerra e chegar a um acordo sobre a troca de reféns".
No início desta semana, uma fonte próxima do Hamas tinha referido que o movimento islamista estava a oferecer a libertação de um refém por dia, durante 42 dias, em troca de 10 prisioneiros palestinianos por cada refém.
Cerca de 250 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza durante o ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, em 07 de outubro, que causou a morte de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.
Segundo as autoridades israelitas, 130 reféns continuam detidos em Gaza, 31 dos quais terão morrido, após a libertação de 105 reféns em troca de 240 palestinianos durante uma primeira trégua no final de novembro.
Em represália ao ataque de 07 de outubro, Israel prometeu aniquilar o Hamas e a sua ofensiva militar já matou mais de 30.000 pessoas em Gaza, a grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
De acordo com a fonte próxima do movimento islamita, o Hamas exige igualmente a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza, o regresso dos deslocados de Gaza ao norte do território e a entrada de ajuda humanitária para a população ameaçada pela fome, no âmbito das negociações para uma trégua.
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