"Recebo hoje o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, no ano que marca o 40º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre nossos países e o balanço não poderia ser mais positivo e o futuro mais promissor", avaliou a chefe de Estado brasileira, Dilma Rousseff, após o encontro com o seu homólogo chinês.
Entre os documentos assinados hoje estão ainda dois acordos na área de energia, que preveem cooperação chinesa para a construção da linha de transmissão de ultra-alta tensão em Belo Monte, central hidroelétrica brasileira em construção no estado do Pará.
Na mesma área, forma firmados ainda acordos para a cooperação estratégica entre as companhias elétricas brasileiras Eletrobras e Furnas e a mega central hidrelétrica chinesa Três Gargantas.
Durante o discurso à imprensa, a Presidente brasileira afirmou que o investimento chinês no país é "muito bem vindo" e lançou um apelo aos empresários asiáticos para que participem nos empreendimentos nas áreas da energia e infraestruturas que estão a ser realizados pelo governo brasileiro.
"Apresentei ao Presidente Xi as oportunidades que se abrem em licitações nos setores ferroviário, portuário, aéreo e rodoviário. Aqui as empresas chinesas encontrarão segurança jurídica e um marco regulatório estável e também serão muito bem vindas", destacou.
Entre os projetos em que o governo brasileiro espera participação chinesa destaca-se a licitação do trecho 04 da ferrovia transcontinental que liga o Brasil ao Peru, o que ajudará no escoamento das exportações brasileiras para o continente asiático, via oceano Pacífico.
Os dois líderes assinaram ainda acordos na área de cultura e educação, que incluem a cooperação para a instalação de um Instituto Confúcio, na Universidade do Pará; e a construção de "cidade inteligente e digital", em Tocantins, a partir de financiamento do Banco de Desenvolvimento da China.
O líder chinês, Xi Jinping, chegou ao Brasil no início da semana para participar na VI Cimeira do bloco das economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que se realizou entre os dias 14 e 16, em Fortaleza e Brasília.
Na reunião, os líderes anunciaram a criação de um banco de investimento do BRICS e um fundo de contingenciamento de reservas, estruturados nos mesmos moldes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), respectivamente.