Após a polémica desta semana, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender, esta sexta-feira, que Israel está a cometer um genocídio em território palestiniano.
“Eu quero dizer para vocês que não troco a minha dignidade pela falsidade. E quero dizer para vocês que sou favorável à criação do Estado palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado palestino, viver em harmonia com Israel”, referiu o líder brasileiro num evento da Petrobras, no Rio de Janeiro.
E Lula não ficou por aqui: “Quero dizer mais: o que o governo de Israel está a fazer contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças".
Momentos mais tarde, Lula sublinhou mesmo que ninguém devia "interpretar a entrevista" a partir da qual estourou a polémica, mas sim lê-la. "Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel", apontou, reiterando: "O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não estão a morrer só soldados, estão a morrer mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio", completou.
Após ter comparado, no fim de semana, as ações israelitas na Faixa de Gaza ao Holocausto cometido pelos nazis contra os judeus, Israel considerou Lula da Silva 'persona non grata', tendo a situação desencadeado várias reações a nível mundial.
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