Há cerca de quatro anos que o Museu do Sexo tem usado a fotografia de uma artista nova-iorquina, a beijar a sua ex-namorada, para promover eventos do espaço. A imagem está espalhada em estações de metro, no site, nas redes sociais e em publicidades de rua, mas a visada na imagem nunca o consentiu, nem recebeu nada em troca.

Agora, Julia Sinelnikova, de 34 anos, exige ser compensada, por considerar que o museu está a lucrar, desde setembro de 2019, com uma imagem cuja partilha não foi consentida. Exige, por isso, 275 mil dólares (mais de 253 milhões de euros).

"Sou eu, num ato intimo, com uma pessoa com quem não falo há anos", afirma a mulher, referindo que é "algo que não é representativo da sua vida atualmente".

A fotografia mostra Sinelnikova a beijar a agora sua ex-namorada, que na altura trabalhava na receção do museu. As duas estavam juntas quando alguém que estava a fotografar a exposição lhes tirou uma fotografia. O museu "não disse [a Sinelnikova] que as fotografias seriam utilizadas comercialmente ou para fins publicitários em qualquer altura" e esta só se apercebeu da dimensão da situação quando dezenas de conhecidos a contactaram a perguntar sobre a imagem no final de 2023.

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Julia alega que o museu aumentou as suas vendas e notou que a mostra em causa, que deveria ser apenas temporária, passou a permanente.

Após a descoberta, o museu terá oferecido dois mil dólares para acabar com a polémica, oferta que Julia diz ser ofensiva, tendo exigido mais de 200 mil dólares em compensação. A proposta não foi aceite e ambas as partes permanecem em litígio.

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