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Ordenados cuidados de saúde para suspeitos de crimes em culto no Quénia

Um magistrado queniano ordenou hoje que o principal suspeito de um culto de fome, da seita do dia do juízo final, e 94 seguidores recebessem cuidados de emergência, após alguns estarem demasiado fracos para responderem às acusações de homicídio involuntário.

Ordenados cuidados de saúde para suspeitos de crimes em culto no Quénia
Notícias ao Minuto

18:51 - 20/02/24 por Lusa

Mundo Quénia

No tribunal da cidade costeira de Mombaça, o magistrado-chefe Alex Ithuku ordenou que Paul Mackenzie, a sua mulher Rhoda Maweu e outros acusados de 238 crimes de homicídio fossem escoltados até ao hospital para serem imediatamente examinados por um médico.

Os suspeitos, visivelmente emaciados, declararam-se inocentes de todas as acusações, que foram lidas ao longo de quatro horas e meia.

O líder da seita do dia do juízo final, Paul Mackenzie, e alguns dos seus seguidores foram responsabilizados pela morte de 429 membros da sua Igreja Internacional da Boa Nova, muitos dos quais terão morrido de fome na convicção de que, ao fazê-lo, encontrariam Jesus Cristo antes do fim do mundo.

Segundo os procuradores, os factos ocorreram entre janeiro de 2021 e setembro de 2023 na zona de Shakahola, no subcondado de Malindi, no condado de Kilifi.

Ithuku, que visitou os suspeitos nas celas da cave do tribunal, disse depois que observou que alguns mal se aguentavam de pé ou abriam os olhos, pelo que apelou a que fossem tratados imediatamente.

No início deste mês, Mackenzie e 94 dos seus seguidores foram acusados do assassínio de 191 crianças, das quais apenas 11 foram identificadas, de acordo com a acusação do Ministério Público.

Os corpos foram descobertos em dezenas de sepulturas pouco profundas num rancho de 800 acres (320 hectares) numa zona remota conhecida como Floresta Shakahola, no condado costeiro de Kilifi.

As sepulturas foram encontradas após a polícia ter resgatado 15 membros da igreja emaciados que disseram aos investigadores que Mackenzie lhes tinha alegadamente dado instruções para jejuarem até à morte, antes do fim do mundo. Quatro dos 15 morreram depois de terem sido levados para um hospital.

As autópsias efetuadas a alguns dos corpos encontrados nas sepulturas revelaram que morreram de fome, estrangulamento ou sufocamento.

O patologista chefe do Governo do Quénia, Johansen Oduor, disse, na semana passada, que o Governo iria retomar a busca e a recuperação de mais corpos da floresta de Shakahola, a partir de março.

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