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Líder sérvio-bósnio reúne-se em Minsk com "amigo e irmão" Lukashenko

O líder sérvio-bósnio Milorad Dodik manteve hoje em Minsk uma "reunião extraordinária" com o Presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, que qualificou de "amigo e irmão", indicou a televisão pública sérvia bósnia RTRS.

Líder sérvio-bósnio reúne-se em Minsk com "amigo e irmão" Lukashenko
Notícias ao Minuto

18:58 - 19/02/24 por Lusa

Mundo Milorad Dodik

"Trata-se de uma reunião extraordinária, que aguardo desde há muito tempo", declarou Dodik, o presidente da Republika Srpska (RS, uma das duas entidades da Bósnia-Herzegovina), acusado pelos seus adversários internos e externos de deriva secessionista e definido como pró-russo.

Dodik, que viajará para Moscovo a partir de Minsk, disse que Lukashenko, um "amigo do povo sérvio e um irmão", conhece em detalhe as "pressões a que está submetida a Republika Srpska", e "compreende muito bem" a sua situação.

Lukashenk elogiou Dodik pela sua atitude na defesa dos cristãos ortodoxos na Bósnia e nos Balcãs, e prometeu toda a ajuda que seja possível conceder.

Os dois governos pretendem intensificar a cooperação bilateral, em particular nas áreas económica, saúde, agricultura, tecnologia e produção industrial, indicou a RTRS.

As divergências internas na Bósnia-Herzegovina estão a bloquear a sua aproximação à União Europeia e NATO, e quando se têm vindo a agravar as relações entre a liderança da RS e as autoridades centrais de Sarajevo.

A RS também não reconhece o alto representante internacional, o alemão Christian Schmidt, pelo facto de a sua eleição não ter sido aprovada pela Rússia e pela China no Conselho de Segurança da ONU. Também considera que este cargo, previsto no Acordo de Dayton, deve ser abolido.

O acordo, assinado no final de 1995 após uma intervenção da NATO contra as forças sérvias bósnias, pôs termo a um conflito de três anos e meio (1992-1995), que provocou mais de 100.000 mortos e perto de dois milhões de deslocados.

O território da RS representa cerca de 50% do frágil país. A outra metade situa-se na Federação entre croatas e bosníacos (muçulmanos), a segunda entidade legitimada em Dayton, e com uma população total de cerca de 3,4 milhões.

A ex-república jugoslava continua a confrontar-se com as ambições secessionistas dos sérvios bósnios e uma crescente fratura e afastamento entre os nacionalistas bosníacos muçulmanos e croatas católicos. Os partidos nacionalistas continuam a dirigir as respetivas entidades, num cenário de profundas divisões étnicas.

Dodik defendeu recentemente a união da Sérvia, do Kosovo, da RS da Bósnia-Herzegovina e do Montenegro num único Estado.

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