Líder sérvio-bósnio reúne-se em Minsk com "amigo e irmão" Lukashenko

O líder sérvio-bósnio Milorad Dodik manteve hoje em Minsk uma "reunião extraordinária" com o Presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, que qualificou de "amigo e irmão", indicou a televisão pública sérvia bósnia RTRS.

In this photograph taken on December 14, 2020, Chairman of Bosnia and Herzegovina's tripartite presidency, Milorad Dodik addresses journalists, after meeting with the Russian Foreign Minister in Sarajevo. - After more than 25 years of uneasy peace, the le

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Lusa
19/02/2024 18:58 ‧ 19/02/2024 por Lusa

Mundo

Milorad Dodik

"Trata-se de uma reunião extraordinária, que aguardo desde há muito tempo", declarou Dodik, o presidente da Republika Srpska (RS, uma das duas entidades da Bósnia-Herzegovina), acusado pelos seus adversários internos e externos de deriva secessionista e definido como pró-russo.

Dodik, que viajará para Moscovo a partir de Minsk, disse que Lukashenko, um "amigo do povo sérvio e um irmão", conhece em detalhe as "pressões a que está submetida a Republika Srpska", e "compreende muito bem" a sua situação.

Lukashenk elogiou Dodik pela sua atitude na defesa dos cristãos ortodoxos na Bósnia e nos Balcãs, e prometeu toda a ajuda que seja possível conceder.

Os dois governos pretendem intensificar a cooperação bilateral, em particular nas áreas económica, saúde, agricultura, tecnologia e produção industrial, indicou a RTRS.

As divergências internas na Bósnia-Herzegovina estão a bloquear a sua aproximação à União Europeia e NATO, e quando se têm vindo a agravar as relações entre a liderança da RS e as autoridades centrais de Sarajevo.

A RS também não reconhece o alto representante internacional, o alemão Christian Schmidt, pelo facto de a sua eleição não ter sido aprovada pela Rússia e pela China no Conselho de Segurança da ONU. Também considera que este cargo, previsto no Acordo de Dayton, deve ser abolido.

O acordo, assinado no final de 1995 após uma intervenção da NATO contra as forças sérvias bósnias, pôs termo a um conflito de três anos e meio (1992-1995), que provocou mais de 100.000 mortos e perto de dois milhões de deslocados.

O território da RS representa cerca de 50% do frágil país. A outra metade situa-se na Federação entre croatas e bosníacos (muçulmanos), a segunda entidade legitimada em Dayton, e com uma população total de cerca de 3,4 milhões.

A ex-república jugoslava continua a confrontar-se com as ambições secessionistas dos sérvios bósnios e uma crescente fratura e afastamento entre os nacionalistas bosníacos muçulmanos e croatas católicos. Os partidos nacionalistas continuam a dirigir as respetivas entidades, num cenário de profundas divisões étnicas.

Dodik defendeu recentemente a união da Sérvia, do Kosovo, da RS da Bósnia-Herzegovina e do Montenegro num único Estado.

Leia Também: Líder dos sérvios bósnios anuncia condecoração a Orbán durante celebração

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