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Paquistão. Candidatos apoiados por dirigente preso lideram votos

Os candidatos independentes apoiados pelo ex-primeiro-ministro Imran Khan, que se encontra preso, estavam hoje a liderar os primeiros resultados das eleições nacionais no Paquistão, anunciou a Comissão Eleitoral.

Paquistão. Candidatos apoiados por dirigente preso lideram votos
Notícias ao Minuto

11:12 - 09/02/24 por Lusa

Mundo Paquistão

O órgão de supervisão eleitoral do país asiático divulgou mais de 120 resultados após um atraso de horas, um dia depois da votação que foi marcada por violência esporádica e um corte nos serviços de telemóvel.

Dos 122 resultados anunciados pela Comissão Eleitoral para a Assembleia Nacional, ou câmara baixa do parlamento, os candidatos apoiados pelo partido de Khan ficaram à frente com 49 lugares.

O partido da Liga Muçulmana do Paquistão, de Nawaz Sharif, que foi três vezes primeiro-ministro, obteve 39 lugares, enquanto o Partido Popular do Paquistão conseguiu 30.

Se nenhum partido obtiver uma maioria absoluta, o que tiver a maior percentagem de lugares pode formar um governo de coligação.

Anteriormente, os meios de comunicação social locais também noticiaram vitórias de independentes apoiados pelo partido de Khan, o Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI, Movimento Paquistanês pela Justiça).

O antigo jogador de críquete, que se encontra preso, foi impedido de concorrer às eleições por ter sido condenado por corrupção, acusações que considera terem sido motivadas por razões políticas.

Os candidatos do PTI concorreram como independentes depois de o Supremo Tribunal e a Comissão Eleitoral terem decidido que não podiam usar o símbolo do partido - um taco de críquete.

No Paquistão, os partidos usam símbolos para ajudar os eleitores analfabetos a encontrá-los nos boletins de voto.

O PTI não pôde realizar comícios nem abrir gabinetes de campanha e os eventos pela Internet foram bloqueados, medidas que considerou injustas.

O comissariasse das eleições disse anteriormente que os resultados seriam comunicados ao organismo de supervisão nas primeiras horas de hoje e divulgados ao público depois disso, o que só começou a partir do meio-dia (hora local).

O Ministério do Interior atribuiu o atraso a uma "falta de conectividade" resultante das precauções de segurança.

Muitos canais paquistaneses noticiaram que os independentes apoiados pelo PTI estavam a obter resultados superiores aos dos outros grandes partidos, liderados por Sharif e pelo herdeiro da dinastia política Bilawal Bhutto-Zardari, avançando em dezenas de círculos eleitorais.

O senador Mushahid Hussain, membro do partido de Sharif, classificou os resultados avançados pelos 'media' como "provavelmente a maior reviravolta eleitoral na história política do Paquistão" nos últimos 50 anos.

Sharif mostrou-se confiante e desafiante no dia das eleições, afastando sugestões de que o seu partido, a Liga Muçulmana do Paquistão, poderia não obter uma maioria absoluta no parlamento.

O antigo primeiro-ministro regressou ao país em outubro de 2023, após quatro anos de exílio autoimposto no estrangeiro para evitar cumprir penas de prisão.

Poucas semanas após o regresso, as condenações de Sharif foram anuladas, deixando-o livre para tentar um quarto mandato.

Leia Também: Mais de 50 ataques no Paquistão causam 12 mortos durante eleições

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