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Principal suspeito de explosão de camião no Quénia detido

O principal suspeito na investigação do incêndio que matou sete pessoas e feriu 280 na capital do Quénia, Nairobi, no passado dia 01, foi hoje detido depois de se ter entregado na segunda-feira, anunciou a polícia. 

Principal suspeito de explosão de camião no Quénia detido
Notícias ao Minuto

19:28 - 06/02/24 por Lusa

Mundo Quénia

A polícia declarou que Derrick Kimathi era o "principal suspeito" do incidente. Foi, alegadamente, o homem que "alugou" o local de enchimento "ilegal" de gás de petróleo liquefeito (GPL), onde ocorreu a explosão que provocou o incêndio de quinta-feira.

O "gerente do local" continua a ser procurado, assim como um camionista, outro motorista e dois funcionários da Autoridade Nacional de Gestão do Ambiente (NEMA), anunciou a Direção dos Assuntos Criminais (DCI) na rede social X (antigo Twitter).

Três funcionários desta agência governamental também já foram detidos por suspeita de terem autorizado indevidamente a instalação desta central de gás no distrito de Embakasi, densamente povoado.

Os tribunais deverão pronunciar-se, quarta-feira, sobre uma possível prorrogação da investigação.

"Ainda estamos a investigar este caso e precisamos de 21 dias para concluir as investigações", declarou um investigador da DCI, Isaac Tenei, a um tribunal de Nairobi, acrescentando que foram abertas investigações por "homicídio", "conspiração para cometer um crime" e "abuso de poder".

O incêndio, que demorou nove horas a ser extinto, foi desencadeado por volta das 23:30 locais de quinta-feira, quando um camião carregado de botijas de gás explodiu perto do local de armazenamento e enchimento de GPL.

Dos 280 feridos, 53 continuavam a ser tratados no domingo, segundo o porta-voz do Governo, Isaac Maigua Mwaura.

O número de mortos subiu para sete, declarou hoje o porta-voz do Governo queniano.

A Autoridade Nacional de Gestão do Ambiente (NEMA) anunciou no sábado que a empresa Maxxis Nairobi Energy tinha obtido autorização dos seus serviços, a 02 de fevereiro de 2023, para se instalar no local. A agência anunciou que tinha suspendido quatro dos seus funcionários.

O Presidente William Ruto condenou a "incompetência e corrupção" dos funcionários que concederam a autorização, afirmando que deviam ser "demitidos e processados pelos crimes que cometeram".

Na sexta-feira, o Instituto do Petróleo da África Oriental (PIEA) revelou que "o proprietário" das instalações tinha sido processado juntamente com alguns dos seus clientes em novembro de 2020 e condenado em maio de 2023 por esta instalação de GPL.

No entanto, a organização considerou que as sentenças foram demasiado brandas, particularmente contra o proprietário, que foi multado em "500.000 xelins (cerca de 3.300 euros na altura) ou um ano de prisão, em vez de 20 milhões de xelins (cerca de 134.000 euros) ou cinco anos de prisão".

O local "ilegal" também foi demolido duas vezes, em março de 2020 e janeiro de 2021, de acordo com a PIEA e o Governo.

A Autoridade Reguladora da Energia e do Petróleo (EPRA) também afirmou ter rejeitado três pedidos no ano passado para instalar uma fábrica de armazenamento e enchimento de GPL no local da explosão.

Numa conferência de imprensa realizada no sábado, o advogado de Derrick Kimathi afirmou que, após estas recusas, o seu cliente "não iniciou esta atividade e as instalações continuaram a ser utilizadas como garagem" para reparação de automóveis.

Segundo ele, "o veículo que causou o acidente estava a invadir a sua propriedade sem o seu conhecimento ou aprovação".

Leia Também: Sobe para três o número de mortos na explosão de camião em Nairobi

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