"O meu plano é transferir a embaixada para Jerusalém Ocidental", declarou Javier Milei, que foi recebido na pista do aeroporto de Telavive pelo ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz.
O Gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, saudou este anúncio, observando que o chefe de Estado argentino "cumpriu as suas promessas" nesta área.
O chefe de Estado argentino iniciou hoje uma viagem oficial a Israel, o primeiro país que visita após ter assumido a Presidência da Argentina.
Javier Milei disse que é uma honra para si que Israel seja o primeiro país que visita como Presidente da Argentina.
Nessas primeiras declarações, aproveitou também para condenar os ataques do Hamas e defender a "legítima defesa" de Israel, numa referência à ofensiva militar contra o grupo islamita Hamas que ainda está em curso na Faixa de Gaza e que dura há quase quatro meses.
O chefe da diplomacia israelita deu-lhe as boas-vindas, agradecendo-lhe o apoio ao povo judeu e ao Estado de Israel, bem como pelo plano que estabelece a futura transferência da embaixada argentina.
Katz disse que Milei que é uma pessoa com valores "comprometidos com a verdade", segundo uma nota divulgada pelo seu Gabinete.
Nas redes sociais, Katz compartilhou imagens dos dois abraçados e uma mensagem que inclui uma das frases mais conhecidas de Milei durante a recente campanha eleitoral na Argentina: "Viva a liberdade, (...)!".
Quando Israel anexou unilateralmente a metade oriental de Jerusalém -- ocupada desde 1967 -- a comunidade internacional transferiu as suas embaixadas para Telavive em protesto contra essa atitude, uma vez que a parte oriental estava destinada a ser a capital de um futuro Estado palestiniano.
No entanto, desde que o ex-Presidente norte-americano Donald Trump reabriu a representação diplomática dos Estados Unidos em Jerusalém em 2019, outros países como Honduras, Guatemala ou Kosovo seguiram os mesmos passos. Outros, como a Hungria ou a Argentina, manifestaram a sua intenção de o fazer.
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