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Heroína e outros opiáceos ligados a 74% das 'overdoses' em 2021 na UE

A heroína e outros opiáceos contribuem "significativamente" para os danos causados pelo consumo de drogas ilícitas na União Europeia (UE), estando ligados a 74% das 'overdoses' mortais notificadas em 2021, indica um relatório divulgado hoje.

Heroína e outros opiáceos ligados a 74% das 'overdoses' em 2021 na UE
Notícias ao Minuto

16:52 - 24/01/24 por Lusa

Mundo Relatório

O estudo 'A heroína e outros opiáceos representam uma ameaça substancial para a saúde e a segurança na Europa' é uma análise do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA, na sigla em inglês) e da Europol sobre os mercados da droga na UE.

Segundo o relatório divulgado pelo EMCDDA, em 2021 havia na UE "cerca de um milhão de consumidores de opiáceos de alto risco", com idades entre os 15 e os 64 anos.

O mercado destas drogas tornou-se mais complexo, "incluindo medicamentos desviados e novos opiáceos sintéticos controlados internacionalmente, provenientes de diversas fontes" e os resultados do consumo da metadona, buprenorfina, fentanilo e os seus derivados, assim como de "novos opiáceos sintéticos altamente potentes" são visíveis nos dados sobre a saúde.

Em 2021, foram comunicados ao Sistema de Alerta Rápido da UE sobre novas substâncias psicoativas seis novos opiáceos sintéticos.

O relatório estima que o valor anual do mercado de retalho da heroína no bloco europeu é, no mínimo, de 5,2 mil milhões de euros (variando entre os 4,1 mil milhões e os 6,7 mil milhões), calculando que cerca de 124 toneladas desta droga (variando entre as 96,9 e as 154,7 toneladas) foram consumidas na UE em 2021.

No mesmo ano foi apreendida a maior quantidade de heroína em 20 anos, mais de 9,5 toneladas, com grandes remessas detetadas em portos.

Entre as principais conclusões do estudo das duas agências europeias está a do Afeganistão continuar a ser a principal fonte de heroína para a Europa.

Quanto aos traficantes, o relatório indica que "ajustam rotas e métodos para minimizar riscos e explorar novas oportunidades" e que "embora a rota dos Balcãs continue ativa para o tráfico de heroína, a atividade na rota do Sul está a aumentar, utilizando contentores marítimos e múltiplos pontos de transbordo".

O tráfico de heroína para o mercado europeu continua a ser dominado por redes criminosas turcas, ainda que existam outras redes que facilitam o tráfico deste opiáceo, incluindo grupos originários ou ligados à região dos Balcãs Ocidentais.

As redes criminosas utilizam "empresas legalmente estabelecidas, adquiridas ou infiltradas ao longo das rotas de tráfico" para legitimar as suas atividades, "incluindo a ocultação, movimentação e armazenamento de heroína".

Leia Também: CE lança aliança para combater tráfico de droga e crime nos portos da UE

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