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Procurador que investigava ataque a televisão no Equador morto a tiro

A notícia foi transmitida pela procuradora-geral do país.

Procurador que investigava ataque a televisão no Equador morto a tiro
Notícias ao Minuto

21:54 - 17/01/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Equador

O procurador que estava encarregado de investigar o ataque a uma estação televisiva no Equador foi morto a tiro, esta quarta-feira, na cidade portuária de Guayaquil, um dos epicentros do combate às redes de narcotráfico.

"Infelizmente, é verdade", disse uma fonte à agência AFP, quando questionada sobre a morte de Cesar Suarez.

O responsável terá sido atingido dentro do seu veículo, enquanto circulava no Norte da cidade, minutos depois de ter deixado o seu gabinete na sede da Polícia Judiciária, adiantou a imprensa local.

A notícia foi confirmada pela procuradora-geral Diana Salazar que, através de um vídeo publicado na rede social X (Twitter), assegurou que os "grupos violentos organizados não impedirão" o compromisso das autoridades para "com a sociedade equatoriana".

Na sua ótica, o assassinato de Cesar Suarez concedeu um novo "significado" ao trabalho das autoridades judiciais no caso da agressão perpetrada na semana passada por 13 alegados membros da quadrilha 'Los Tiguerones' nos estúdios da TC Televisión, incidente que levou a que o presidente Daniel Noboa colocasse o país em estado de emergência durante 60 dias, incluindo um recolher noturno obrigatório. Além disso, 22 grupos de crime organizado foram considerados como terroristas pelo governo.

Salazar salientou ainda que as autoridades já estão a trabalhar "para que este crime não fique impune", tendo ressalvado que o legado do procurador as acompanhará "na luta".

Outrora um país classificado como pacífico, o Equador está a ser devastado pela violência depois de se ter tornado o principal ponto de exportação da cocaína produzida nos vizinhos Peru e Colômbia.

Os recentes motins ocorridos em diversas prisões do país representam uma fração de uma escalada de violência protagonizada por grupos de crime organizado no Equador, que incluíram ameaças contra universidades, instituições estatais e empresas, sequestros e atentados contra polícias, veículos incendiados, explosões.

Os acontecimentos deram-se quando o governo se preparava para pôr em prática o seu plano para recuperar o controlo das prisões equatorianas, muitas das quais são internamente dominadas por estes grupos criminosos, cujas rivalidades fizeram desde 2020 mais de 450 mortos entre os reclusos, numa série de massacres.

Essa violência também se estendeu às ruas, até fazer do Equador um dos países mais violentos do mundo.

[Notícia atualizada às 22h21]

Leia Também: Equador precisa de 1.000 milhões de dólares para responder à violência

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