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Irlanda do Norte. Impasse político persiste a poucos dias de grande greve

As negociações para terminar com o impasse político na Irlanda do Norte falharam hoje, poucos dias antes do prazo para convocar novas eleições e o início de uma grande greve no setor público.

Irlanda do Norte. Impasse político persiste a poucos dias de grande greve
Notícias ao Minuto

23:45 - 15/01/24 por Lusa

Mundo Irlanda do Norte

Mais de 150.000 funcionários públicos dos 220.000 da província britânica vão participar numa greve de um dia esta quinta-feira, a pedido de 15 organizações sindicais para exigir um aumento nos salários.

A paralisação, anunciada pelos sindicatos como a maior que a Irlanda do Norte alguma vez registou, afetará transportes, enfermeiros, professores e outros agentes do setor público e promete grandes perturbações, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O ministro britânico para a Irlanda do Norte, Chris Heaton-Harris, realçou aos jornalistas em Hillsborough, perto de Belfast, que o pacote de 3,3 mil milhões de libras (3,8 mil milhões de euros) proposto por Londres no mês passado estava disponível, com a condição de que a assembleia local de Stormont, que está paralisada há quase dois anos, seja reiniciada.

"Este dinheiro permitiria que Stormont aumentasse os salários", frisou o ministro, responsável pelo destino de orçamentos para o serviço público.

"É altura de as negociações terminarem e Stormont voltar ao trabalho", acrescentou.

A greve de quinta-feira coincide com o prazo legal para a restauração das instituições locais.

Na ausência da retoma dos trabalhos parlamentares, o ministro britânico deverá convocar eleições antecipadas, embora seja muito provável que adie o prazo.

O executivo de Belfast está sem funcionar desde fevereiro do ano passado devido a um boicote imposto pelo Partido Democrata Unionista (DUP) para pressionar Londres e Bruxelas a renegociar os termos do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) que mantêm o território alinhado com as regras do bloco comunitário para evitar uma fronteira física com a Irlanda, o que, na opinião deste partido, dificulta a circulação de mercadorias da Irlanda do Norte com o resto do Reino Unido.

Os principais sindicatos acreditam que o dinheiro para aumentos salariais dos funcionários públicos deve ser libertado o mais rapidamente possível, independentemente da recuperação das instituições, enquanto o DUP acusa Londres de utilizar o movimento grevista como alavanca para acabar com o boicote às instituições.

"Não é necessário que Stormont funcione" para que o ministro britânico "use os poderes que tem", salientou o líder do DUP, Jeffrey Donaldson, apelando a Londres para conceder os aumentos ao setor público.

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