Mulher libertada após mais de 12 anos na prisão (sem qualquer condenação)

Verónica Razo Casales foi detida em 2011, quando tinha 32 anos, sob a acusação de rapto e continuava, desde então, em prisão preventiva.

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© Federal Institute of Public Defender Services

Notícias ao Minuto
09/01/2024 18:14 ‧ 09/01/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Cidade do México

Uma mulher foi libertada na última semana, depois de ter passado 12 anos e sete meses na prisão, sem qualquer indiciação e condenação, na Cidade do México. O caso atraiu atenção internacional, nomeadamente após um apelo das Nações Unidades pela sua libertação.

De acordo com a NBC News, Verónica Razo Casales foi detida em 2011, quando tinha 32 anos, sob a acusação de rapto e continuava, desde então, em prisão preventiva. Estas acusações foram retiradas na semana passada e a mulher, atualmente com 45 anos, foi libertada, no dia 4 de janeiro. 

Relatórios oficiais citados pelo Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Detenção Arbitrária indicam que Verónica foi abusada sexualmente pelas autoridades e torturada com choques elétricos após a sua detenção.

"Ainda estou em choque. Há muito que ansiava por isto, mas é uma mudança muito radical e ainda não acredito", disse Veronica, numa entrevista à Telemundo, após a sua libertação, referindo que não será uma adaptação fácil.

"Fui torturada, abusada sexualmente e, quando cheguei à prisão, não pude ver a minha família porque cancelaram as visitas nos primeiros três meses. Foi por isso que entrei numa depressão muito, muito forte", contou.

Tal com nota a NBC News, citando estatísticas oficiais, 4 em cada 10 mexicanos que estão na prisão não foram acusados, nem receberam uma sentença por qualquer crime, com o sistema judicial mexicano a ter uma grande acumulação de processos. 

Ruth Zenteno, diretora de pesquisa da Unidade de Litígio Estratégico do Instituto Federal de Defesa Pública do México, disse que o caso "é uma prova das mais graves violações dos direitos humanos". "A prisão preventiva é como uma sentença antecipada, mas, neste caso, há também detenção arbitrária, tortura e violação das regras do devido processo legal", considerou.

Leia Também: Maior líder de tráfico foge da prisão. Equador em estado de exceção

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