O Papa Francisco apelou, esta segunda-feira, à proibição universal da maternidade de substituição, que descreveu como uma prática "desprezível" que consiste na "comercialização" da gravidez.
Durante a audiência de Ano Novo com os membros do corpo diplomático acreditado junto ao Vaticano, além de mencionar os conflitos armados na Ucrânia e na Faixa de Gaza, o pontífice enumerou outros problemas que colocam em risco a paz e a dignidade humana.
"O caminho para a paz exige respeito pela vida, por cada vida humana, a começar pela do feto no ventre da mãe, que não pode ser reprimida nem se tornar um objeto de comercialização", disse, citado pela agência de notícias Agence France-Presse (AFP).
Francisco considerou "desprezível a prática da chamada maternidade de substituição, que representa uma grave violação da dignidade da mulher e da criança, baseada na exploração de situações de necessidades materiais da mãe".
"Espero, portanto, que a comunidade internacional se comprometa a proibir universalmente esta prática", acrescentou.
No mesmo discurso, Francisco pediu o fim dos ataques a civis nos conflitos mundiais, incluindo em Gaza e na Ucrânia, sublinhando que tais atos são crimes de guerra.
O Papa também repetiu o seu apelo ao cessar-fogo em Gaza e à libertação dos reféns feitos pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro a Israel e expressou preocupação com o "crescimento da perseguição e da discriminação contra os cristãos, especialmente nos últimos dez anos".
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