Centenas de pessoas - entre estudantes e professores - juntaram-se, na quinta-feira, numa corrente humana para homenagear as 14 vítimas mortais de um tiroteio numa universidade em Praga, na República Checa, ocorrido em dezembro.
Segundo a agência de notícias Reuters, a corrente humana teve como objetivo abraçar, de forma simbólica, o edifício da Universidade Charles e a homenagem contou ainda com uma marcha que teve início na Praça da Cidade Velha, no centro da capital, e terminou na Faculdade de Letras.
As centenas de pessoas reuniram-se em silêncio, de mãos dadas, e os sinos das igrejas de Praga tocaram durante 14 minutos - um minuto por cada vítima mortal.
"Sinto-me encorajada pelas palavras dos estudantes que dizem que o ódio não vencerá. Vamos continuar a viver e a estudar", disse a reitora da universidade, Milena Kralickova, citada pela Reuters.
"A nossa comunidade académica está ferida, mas intacta. Os nossos passos em Praga, hoje, em direção à Faculdade de Letras, simbolizam também o nosso caminho para a recuperação", acrescentou.
Recorde-se que o crime aconteceu no passado dia 21 de dezembro. O atirador, um jovem de 24 anos, foi encontrado morto no local pela polícia, naquele que foi o tiroteio mais grave desde que a República Checa se tornou um Estado independente, em 1993, mas que as autoridades checas descartaram como "terrorismo internacional".
Recentemente, a polícia checa revelou que o jovem deixou uma mensagem de despedida, onde confessou ter matado o próprio pai no dia do tiroteio e outras duas pessoas - um homem e uma bebé de apenas dois meses - seis dias antes.
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