Um passageiro que seguia, juntamente com a família, a bordo do avião da Japan Airlines que pegou fogo, na terça-feira, no aeroporto Internacional de Janeda, em Tóquio, no Japão, depois de colidir com uma aeronave da Guarda Costeira, afirmou que ainda está em choque após o acidente.
William Manzione viajava na parte da frente do avião, que acabou por ser a menos afetada pelo incêndio. O homem explicou, em declarações à Sky News, que sentiu um "impacto enorme" na aterragem. Nesse momento, William olhou para a mulher e percebeu que qualquer coisa não estava bem.
“Em poucos segundos, houve um estrondo ainda maior, e senti que o avião estava curvado para a frente, em direção ao solo", referiu William Manzione, salientando ainda que começou depois a ouvir gritos da tripulação. “Consegui perceber que eles estavam a tentar manter toda a gente calma, de forma a que ninguém entrasse em pânico. Nessa altura, já alguns passageiros estavam a tentar sair dos seus lugares", revelou o homem.
Um dia após o acidente, William referiu que ainda se sente "em choque" com a situação que viveu. “Acho que ainda estamos em choque, ainda sinto a adrenalina. Por outro lado, tenho a sensação de que poderia ter sido muito, muito pior", disse. William salientou que só depois de sair do avião é que percebeu a dimensão do acidente.
"Estava com os meus filhos, um dos quais com sete anos, e a minha mulher, começámos a seguir as instruções das hospedeiras. Foi tudo muito rápido", disse. Só depois de se levantar é que William começou a ver as chamas através das janelas.
“Quando vi o escorrega insuflável é que entendi que a situação era grave. Agarrei no meu filho e descemos pelo escorrega", contou. "Foi depois que percebi que o que estava a acontecer era muito mais grave do que o que senti na aterragem. Não percebi que havia outro avião envolvido, fiquei chocado", salientou ainda.
William elogiou ainda o trabalho de toda a tripulação, que conseguiu levar os 370 passageiros para um lugar seguro. “Eles foram incríveis, tive que deixar a minha mala para trás com os passaportes e tudo. Mas em poucos minutos, 370 pessoas saíram do avião”, disse o homem.
Recorde-se que do acidente resultaram cinco mortos, passageiros do aparelho da Guarda Costeira. As causas do acidente continuam por apurar, suspeitando-se que pode ter ocorrido um caso de negligência e que um dos aparelhos estaria na pista, sem ser suposto.
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