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Supremo do Chade validou resultados do referendo da nova Constituição

O Supremo Tribunal do Chade validou hoje definitivamente os resultados do referendo para uma nova Constituição, organizado pela junta militar no poder há dois anos e meio, o que deverá abrir caminho a eleições no final de 2024.

Supremo do Chade validou resultados do referendo da nova Constituição
Notícias ao Minuto

18:43 - 28/12/23 por Lusa

Mundo Chade

De acordo com os resultados finais, o "sim" venceu com 85,90% dos votos, enquanto o "não" obteve 14,10%, com uma taxa de participação de 62,8%, referiu o presidente do Supremo Tribunal numa conferência de imprensa.

Para alguns membros da oposição e da sociedade civil, o resultado deste escrutínio assemelha-se a um plebiscito destinado a abrir caminho à eleição do Presidente de transição, o general Mahamat Idriss Déby Itno.

O Supremo Tribunal rejeitou um recurso do Bloco Federal, uma coligação da oposição, que tinha pedido a anulação dos resultados com base numa série de irregularidades no processo de votação.

A oposição, que tinha apelado amplamente ao boicote, denunciou, nas palavras de Max Kemkoye, presidente do Grupo de Concertação dos Atores Políticos (GCAP), "um segundo golpe de Estado de Mahamat Idriss Déby Itno", face a resultados que, na sua opinião, não eram credíveis.

O novo texto constitucional não é muito diferente do que já está em vigor e continua a conferir grandes poderes ao chefe de Estado.

Mahamat Déby foi proclamado Presidente de transição pelo exército em 20 de abril de 2021, à frente de uma junta de 15 generais, após a morte do seu pai Idriss Déby Itno, morto pelos rebeldes a caminho da frente de combate.

Idriss Déby Itno governou o país durante mais de 30 anos.

O general prometeu imediatamente eleições após um período de transição de 18 meses e comprometeu-se perante a União Africana a não se candidatar.

Após esses meses, o seu regime prolongou a transição por dois anos e autorizou-o a candidatar-se às eleições presidenciais previstas para o final de 2024.

No aniversário dos 18 meses de transição, em 20 de outubro de 2022, entre 100 e mais de 300 jovens e adolescentes, que se manifestavam contra o prolongamento por dois anos, foram mortos a tiro em N'Djamena, a capital, pela polícia e pelos militares, segundo a oposição e organizações não-governamentais (ONG) nacionais e internacionais.

Mais de mil foram presos antes de serem perdoados, mas dezenas foram torturados ou desapareceram, segundo as ONG e a oposição.

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