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A história do Pai Natal que era um 'serial killer'

Homem matou oito homossexuais em Toronto, no Canadá, entre 2010 e 2017.

A história do Pai Natal que era um 'serial killer'
Notícias ao Minuto

09:46 - 20/12/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Violência

Um homem que trabalhava como Pai Natal durante a época natalícia num centro comercial de Toronto, no Canadá, escondia um segredo obscuro. Por trás da barba branca e do fato vermelho não estava um velhinho querido, mas sim um 'serial killer' [assassino em série].

Enquanto perguntava às crianças o que elas desejavam ter como presente de Natal, Bruce McArthur arquitetava mais um homicídio. De 2010 a 2017, matou oito homossexuais.

Recorda a Gazeta que o pai de dois filhos atacava as suas vítimas no 'bairro gay' de Toronto, onde se tornou frequentador assíduo depois de se divorciar da mulher no final dos anos 1990. A maioria das vítimas era do sul da Ásia ou do Médio Oriente.

Bruce, que também era jardineiro, atraía as vítimas até à sua casa, amarrava-as à cama e depois estrangulava-as. Posteriormente, desmembrava os corpos e enterrava-os em vasos de jardim dos clientes.

Com ele, no entanto, levava 'lembranças' doentias das vítimas. Tirava fotos com os cadáveres e guardava as imagens numa 'pen drive'.

Ao longo dos anos, o canadiano foi tendo problemas com a comunidade gay. Em 2003 chegou mesmo a ser condenado a dois anos de pena suspensa por atacar com uma barra de metal um prostituto. Dez anos depois, em 2013, foi interrogado pela polícia por suspeitas de estar envolvido no desaparecimento de duas vítimas. Contudo, foi tratado como testemunha e não como suspeito.

Em 2016, um homem ligou para o número de emergência e garantiu que Bruce tinha tentado estrangulá-lo durante um encontro sexual. No entanto, depois de prestar declarações às autoridades, Bruce foi libertado sem qualquer acusação.

Bruce parecia escolher todas as suas vítimas a dedo. Eram pessoas vulneráveis, com poucos laços em Toronto. Uma estava ilegalmente no Canadá e a família não denunciou o seu desaparecimento para ele não ter problemas, outro era um sem-abrigo, vários eram homens com vidas duplas que escondiam a sua sexualidade.

Só em 2017, quando rompeu com esse padrão e matou Andrew Kinsman, um membro proeminente da comunidade gay de Toronto, de 49 anos, é que as autoridades começaram a desconfiar de que algo de grave se passava.

Através das câmaras de videovigilância, a polícia viu Andrew a entrar num carro da marca Dodge vermelho. Já dentro de casa, os investigadores encontraram um calendário onde estava marcado o nome 'Bruce'.

Ao localizarem o carro, que tinha sido entregue a um ferro velho para abate, encontraram vestígios de sangue e uma 'pen drive' com 18 fotos do cadáver de Andrew, assim como imagens do corpo de Selim Essen, um outro homem também desaparecido no bairro gay de Toronto.

Apesar disso, só em janeiro de 2018 é que Bruce foi detido, quando levava um outro homem para o seu apartamento. Quando as autoridades entraram na residência, a vítima já estava amarrada à cama. A polícia descobriu que o 'serial killer' tinha nove pastas relacionadas com os crimes no computador. Oito para as vítimas que já tinha matado e uma para a que estava prestes a matar.

Em fevereiro de 2019, depois de descobrirem os restos mortais das vítimas, Bruce foi condenado a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional por pelo menos 25 anos.

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