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Partido no poder no Zimbabué ganha mais deputados e fica com maioria

A União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF), partido no poder, ganhou sete novos deputados nas disputadas eleições parciais de sábado, dando-lhe uma maioria no parlamento que lhe permitirá aprovar reformas constitucionais.

Partido no poder no Zimbabué ganha mais deputados e fica com maioria
Notícias ao Minuto

16:34 - 10/12/23 por Lusa

Mundo Zimbabué

De acordo com os resultados anunciados hoje pelas autoridades eleitorais do Zimbabué, a ZANU-PF, na sigla em inglês, ganhou sete dos nove lugares em disputa na votação de sábado, dando-lhe 144 dos 210 lugares na Assembleia Nacional (câmara baixa).

"A proibição de os nossos candidatos concorrerem [à eleição suplementar de sábado] levou à antipatia dos eleitores e houve um número invulgarmente elevado de votos nulos", disse à EFE Promise Mkwananzi, porta-voz do principal partido da oposição do Zimbabué, a Coligação de Cidadãos para a Mudança (CCC).

Mkwananzi descreveu a eleição suplementar como uma "farsa".

O porta-voz da coligação da oposição disse que a CCC está a considerar "todas as opções possíveis", incluindo retirar todos os seus deputados do parlamento em protesto ou levar o caso de volta a tribunal.

Promise Mkwananzi acrescentou que o partido está também a pressionar a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o bloco regional a que o Zimbabué pertence, para forçar o Governo a sentar-se à mesa das negociações e iniciar um diálogo que "desarme a crise política no país".

As eleições parciais foram realizadas depois de, em outubro passado, no meio de uma crise interna na coligação da oposição, Sengezo Tshabangu, uma figura controversa que se dizia secretário-geral da coligação, ter comunicado a demissão de 40 deputados e 60 vereadores da CCC.

O líder da CCC, Nelson Chamisa, afirma que Tshabangu é um impostor, mas o parlamento aprovou a destituição dos seus deputados.

Apesar das queixas da CCC, a coligação sofreu um novo revés na sexta-feira, quando o Supremo Tribunal emitiu uma ordem que impedia os deputados de se recandidatarem nas eleições de sábado.

Prevê-se que o Zimbabué realize novas eleições em 03 de fevereiro para escolher os restantes deputados, cujos lugares no parlamento continuam vazios.

As eleições de 23 e 24 de agosto deram a vitória ao partido ZANU-PF do Presidente Emmerson Mnangagwa, de 81 anos, que lidera o Zimbabué desde 2017, quando um golpe militar depôs Robert Mugabe, entretanto falecido.

Chamisa ficou em segundo lugar com 44% dos votos nessas eleições e o seu partido obteve 73 lugares.

O período que antecedeu a campanha eleitoral foi marcado por ataques a comícios da oposição, perseguição de dissidentes e processos por motivos políticos contra líderes da oposição, segundo organizações como a Amnistia Internacional (AI) e a Human Rights Watch (HRW).

Leia Também: Candidatos da oposição impedidos de concorrer às eleições no Zimbabué

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