O presidente francês, Emmanuel Macron, visitou esta sexta-feira as obras na Catedral de Notre-Dame de Paris, a icónica catedral no coração da capital francesa que ficou gravemente danificada num incêndio em 2019, com a visita a ocorrer exatamente um ano antes da reabertura ao público em 2024.
Em abril de 2019, um incêndio destruiu o telhado e a estrutura da grande torre da catedral, danificando também as paredes altas do monumento construído no século XIII e renovado ao longo dos anos. A catedral foi encerrada na sequência do incidente e foram feitas milhares de doações para reparar o templo, que é uma das principais imagens de marca de Paris e de França.
Macron tem visitado recorrentemente Notre-Dame desde o incêndio, e a visita desta sexta-feira foi a sexta desde que as obras de reconstrução começaram.
A complexidade da obra é grande, dada a longevidade da catedral e a sua altíssima estrutura. Foram erguidas enormes estruturas dentro e fora da catedral ao longo destes quatro anos, e a torre, caída no incêndio, foi reconstruída a partir do mesmo desenho do arquiteto francês que a criou no século XIX.
O pico da torre da catedral fica a 96 metros do solo.
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Emmanuel Macron vai também homenagear Jean-Louis Georgelin, um dos principais responsáveis pela reconstrução e que morreu em agosto deste ano.
Além da restauração do que ficou danificado, a catedral irá também sofrer obras na nave principal e no coro, sendo que o presidente francês vai ainda discutir a criação de um novo museu no local.
A Catedral de Notre-Dame de Paris deverá reabrir ao público no dia 8 de dezembro de 2024. As autoridades esperavam ter a reconstrução concluída antes dos Jogos Olímpicos, mas poderão ainda contar com a catedral reaberta para o Natal do próximo ano e o regresso das grandes celebrações.
A catedral é conhecida pela sua enorme importância na história, não só da França, mas também da Europa. A Notre-Dame de Paris assistiu a alguns dos principais e mais importantes eventos do continente, como a coroação de Napoleão Bonaparte ou a tomada de Paris pelos nazis. É também lá que está guardada a coroa de espinhos que foi colocada na cabeça de Jesus Cristo.
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