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Quatro refugiados rohingyas mortos em tiroteio em campo no Bangladesh

Quatro pessoas da minoria rohingya foram mortas num tiroteio entre dois grupos armados no Bangladesh, declarou hoje a polícia local, marcando mais uma deterioração na segurança nos campos de refugiados no país.

Quatro refugiados rohingyas mortos em tiroteio em campo no Bangladesh
Notícias ao Minuto

10:04 - 06/12/23 por Lusa

Mundo Migrações

O chefe da polícia bengali, Shamim Hossain, disse à agência de notícias AFP que um tiroteio ocorreu na noite de terça-feira entre o Exército de Salvação Arakan Rohingya (ARSA) e a Organização de Solidariedade Rohingya (RSO) num campo de refugiados em Cox's Bazar.

"Quatro refugiados rohingyas foram mortos e outros dois ficaram gravemente feridos", acrescentou Hossain.

Nenhum dos grupos fez qualquer comentário sobre o tiroteio, que durou cerca de uma hora.

Grupos armados rivais entram em confronto regularmente nos campos de refugiados, que utilizam para alimentar o tráfico de drogas e de seres humanos.

O Bangladesh acolhe cerca de um milhão de rohingyas, incluindo cerca de 750 mil membros desta minoria muçulmana que fugiu em 2017 da repressão do exército de Myanmar (ex-Birmânia).

Os refugiados rohingyas vivem num labirinto de campos insalubres e sobrelotados no Bangladesh, onde não são autorizados a trabalhar e dependem quase inteiramente da escassa ajuda alimentar para sobreviver.

Desde o início do ano, o RSO tem vindo a desafiar o ARSA, um grupo maior e já estabelecido, pelo controlo dos campos de refugiados, coincidindo com a repressão contra os ARSA realizada pelas forças de segurança do Bangladesh.

A violência é comum nos campos de refugiados. A polícia afirma que mais de 60 rohingyas foram mortos neste ano em confrontos em campos no Bangladesh, incluindo mulheres e crianças.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse no domingo estar "alarmada com a contínua deterioração das condições de segurança nos campos".

Desde meados de novembro, mais de 1.000 membros desta minoria fugiram dos campos de refugiados no Bangladesh para a província de Aceh por mar, sendo este o maior movimento migratório de rohingyas em direção à Indonésia desde 2015, segundo o ACNUR.

Ainda de acordo com estimativas do ACNUR, cerca de 350 rohingyas morreram ou desapareceram no ano passado enquanto tentavam realizar esta travessia marítima.

Os rohingyas que permanecem em Myanmar enfrentam uma severa perseguição por parte das autoridades birmanesas, que lhes negam a cidadania e o acesso a cuidados de saúde.

Leia Também: ONU pede resgate urgente de centenas de rohingyas à deriva no mar

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