Bielorrússia alvo de sanções dos EUA por ajuda a esforço de guerra russo
Os Estados Unidos anunciaram hoje uma série de sanções contra uma dezena de personalidades e entidades bielorrussas, acusadas de apoiar o esforço de guerra russo, nomeadamente o rapto de crianças ucranianas nas regiões ocupadas pelas tropas russas.
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Mundo Bielorrússia
Entre os alvos das sanções dos Estados Unidos, está o secretário-geral da Cruz Vermelha bielorrussa, Dzmitry Shautsu, por ter ajudado a Rússia na "transferência de várias centenas de milhares de crianças ucranianas".
Segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, Shautsu afirmou, numa visita a Lugansk -- uma das regiões ocupadas pelas forças russas -, que a "sua organização estava ativamente envolvida no transporte de crianças ucranianas das zonas ocupadas pela Rússia para a Bielorrússia", estimando que tenha sido esse o percurso que seguiram pelo menos 700 crianças.
A Cruz Vermelha bielorrussa foi suspensa pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) depois de se ter recusado a demitir Shautsu, como exigido pelo CICV.
Outros alvos das sanções norte-americanas são as empresas públicas BelOMO, que produzem armas de pequeno calibre, e as suas filiais, e a Alevkurp, bem como o conjunto dos seus principais gestores, acusados de participar diretamente no esforço de guerra russo.
As sanções visam igualmente uma série de personalidades e empresas locais que prestam apoio financeiro ao Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, entre as quais várias empresas públicas dos setores da indústria, da madeira e da logística.
"As medidas adotadas reafirmam os nossos esforços no sentido de responsabilizar Alexander Lukashenko, a sua família e o seu regime pelas suas ações antidemocráticas e pelo desrespeito pelos direitos humanos na Bielorrússia e em todo o mundo", comentou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Informações Financeiras, Brian Nelson.
Simultaneamente, o Departamento do Tesouro anunciou outra série de sanções, desta vez para nove empresas e cinco pessoas singulares instaladas na Bélgica, em Chipre, em Hong Kong, nos Países Baixos e na Suécia e acusadas de fornecerem equipamento militar essencial à Rússia, apesar do embargo em vigor.
As sanções impostas incluem o congelamento da totalidade dos bens das pessoas e empresas visadas nos Estados Unidos, bem como a proibição para qualquer pessoa ou empresa norte-americana de realizar transações com os seus alvos, sob pena de serem também penalizadas.
O Departamento de Estado também se juntou às sanções contra personalidades e empresas bielorrussas, que proíbem às pessoas visadas o acesso ao território norte-americano.
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