O Exército israelita reportou 21 detenções na Cisjordânia ocupada desde segunda-feira à noite, depois de entrar no campo de refugiados de Jenin com o objetivo de deter o alegado assassino de um israelita de 31 anos, Meir Tamari, assassinado enquanto conduzia o seu carro.
Durante um ataque israelita ao campo de refugiados de Qalandiya (perto de Jerusalém Oriental) na manhã de hoje, um palestiniano, identificado pelo Ministério da Saúde da Palestina como Mohammed Youssef Manasra, de 25 anos, morreu.
O Exército israelita disse em comunicado que deteve também duas pessoas procuradas em Qalandiya.
Na segunda-feira, um palestiniano tinha sido morto em Qalandiya, e dois outros tinham sido assassinados perto de Hebron, no sul da Cisjordânia, território ocupado desde 1967.
Quatro pessoas ficaram feridas no campo de Dheisheh, em Belém, incluindo uma que está "em estado muito crítico", segundo um comunicado do Ministério da Saúde palestiniano.
O Clube dos Prisioneiros - uma ONG que defende os prisioneiros palestinianos - informou que o Exército israelita deteve 40 palestinianos na Cisjordânia, durante a madrugada de hoje.
A Cisjordânia - território palestiniano separado da Faixa de Gaza pelo território israelita - tem sido assolada por uma intensificação da violência desde o início da guerra em Gaza.
Num único mês, pelo menos 244 palestinianos foram mortos na Cisjordânia pelo Exército israelita ou por colonos, segundo o gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
Na Cisjordânia, o Exército israelita deteve 3.580 pessoas desde o ataque do grupo islamita Hamas em Israel, em 07 de outubro, segundo o Clube dos Prisioneiros.
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