Salvini reúne líderes da extrema-direita para promover "outra Europa"
O vice-primeiro-ministro italiano e líder da Liga, Matteo Salvini, reuniu-se hoje com parceiros europeus em Florença para promover uma aliança das forças de direita nas eleições de junho que torne possível "uma outra Europa".
© Lusa
Mundo Extrema-direita
Salvini afirmou que "seria um erro fatal dividir o centro-direita na Europa" quando "pela primeira vez na história das instituições europeias uma outra Europa é possível".
O dirigente italiano falava numa convenção com 12 delegações do grupo Identidade e Democracia (ID), que integra partidos de extrema-direita no Parlamento Europeu.
A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, e o vencedor das eleições na Holanda, Geert Wilders, enviaram mensagens de vídeo.
"Espero que a nossa vitória na Holanda seja o começo de uma onda de vitórias em toda a Europa. O nosso caminho é baseado nos princípios da identidade nacional e da liberdade. Devemos garantir que as decisões são tomadas por quem conhece o país", afirmou Wilders na sua mensagem.
A convenção, que marca o início da campanha da Liga e da ID para as eleições europeias, obrigou ao destacamento de um forte dispositivo policial na cidade, uma vez que foram anunciadas cinco contramanifestações, uma das quais, com o lema "Fascistas fora de Florença", considerada de alto risco para a ordem pública.
"Basta de Europa dos burocratas, temos que dizer como devemos viver, dar a nossa ideia do sistema de justiça e com espírito de unidade. Portanto, temos que construir uma frente unida para as próximas europeias", afirmou o português André Ventura, líder do Chega, citado pela agência Efe.
Salvini sublinhou que o que esta reunião debate é "uma Europa sem liderança socialista ou de esquerda, com o centro-direita, que governa a Itália, à frente da União Europeia", apontando a presença de partidos bem posicionados em França, na Holanda, na Áustria, na Bélgica e na Alemanha "e um partido do governo italiano".
"Os dados dizem-nos que somos hoje a quarta força política no Parlamento Europeu. O objetivo é ficar em terceiro e sermos determinantes", acrescentou.
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