Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil recordou que "historicamente, as presidências do G20 convidam países não-membros do agrupamento e organizações internacionais para participar das reuniões do seu calendário de eventos".
Para além de Portugal e Angola, a presidência brasileira convidou o Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura.
"Outros países deverão ser convidados para participar da Cúpula de Líderes e de instâncias específicas do grupo nas quais possam dar contribuição particular", acrescentou a diplomacia brasileira.
Para além destes países, o Brasil convidou também o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial (BIRD), Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Corporação Andina de Fomento (CAF), Fundo Monetário Internacional (FMI), Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Organização das Nações Unidas (ONU), Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Mundial do Comércio (OMC).
No mandato que vai exercer até 30 de novembro de 2024, o Brasil, que elegeu como temas centrais o combate à pobreza e as alterações climáticas, pretende organizar mais de 100 reuniões de grupos de trabalho e cerca de 20 reuniões ministeriais, culminando com a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que será realizada no Rio de Janeiro, em 18 e 19 de novembro de 2024.
Os membros do G20 são as 19 principais economias do mundo: Estados Unidos da América, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia, mais a União Europeia e a União Africana.
O G20 foi criado em 1999, como uma forma de coordenação entre os países-membros ao nível ministerial, após uma sequência de crises económicas internacionais: a crise do México de 1994 e a crise dos Tigres Asiáticos de 1997 (que atingiu especialmente Tailândia, Indonésia e Coreia do Sul), a crise da Rússia de 1998.
Em 2008, no auge da crise causada pela queda do banco Lehman Brothers, os países fizeram a primeira cimeira de chefes de Estado e de Governo do G20, em Washington (EUA).
Nos dois anos seguintes, as cimeiras foram realizadas semestralmente: em Londres (Reino Unido) e Pittsburgh (EUA), em 2009, e em Toronto (Canadá) e Seul (Coreia do Sul), em 2010. A partir de Paris (França), em 2011, o encontro passou realizar-se anualmente, na cidade designada pelo país que ocupa a presidência.
Leia Também: Reunião do G20 será "evento mais importante" sediado pelo Brasil