A Associação Eslovaca de Transporte Rodoviário (UNAS) iniciou um bloqueio no cruzamento de Vysne Nemecke, permitindo a passagem de apenas quatro camiões por hora.
"Ficaremos aqui até que sejam tomadas medidas para limitar a concorrência das transportadoras ucranianas", disse Ratislav Curma, presidente da UNAS, citado pela agência France-Presse.
"Queremos apoiar os nossos colegas polacos", acrescentou Curma, referindo-se ao movimento de protesto iniciado em novembro pelos transportadores do país vizinho, que exigem o restabelecimento de um sistema de licenças para camiões ucranianos.
O sistema de licenças foi abandonado pela União Europeia (UE) e pelos seus estados-membros após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro do ano passado.
Segundo as transportadoras polacas e eslovacas, esta decisão levou a um aumento do número de concorrentes ucranianos no mercado e reduziu significativamente os seus lucros.
Varsóvia e Kyiv mantiveram conversações com a UE, mas as negociações não conseguiram resolver o conflito.
A agência de fronteira ucraniana tentou hoje prevenir perturbações no tráfego de camiões na passagem de Vysne Nemecke, desconhecendo-se a duração do protesto.
"O tráfego não será bloqueado no sentido de entrada na Eslováquia. A passagem de carros e autocarros também não será restringida", indicou nas redes sociais.
Por outro lado, referiu que o transporte de ajuda humanitária, outros bens importantes como animais vivos, combustíveis e produtos refrigerados não será bloqueado.
As autoridades ucranianas deploraram estes protestos e exigiram que o Governo polaco tomasse medidas após de ter sido confirmada a morte de pelo menos dois camionistas enquanto esperavam nas longas filas para atravessar a fronteira.
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