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Tribunal restabelece ordem de silêncio contra Donald Trump e advogados

Um tribunal de recurso de Nova Iorque restabeleceu hoje a ordem de silêncio contra o ex-presidente Donald Trump, que em meados de novembro tinha sido suspensa por um juiz, no caso de fraude que decorre nesta cidade desde outubro.

Tribunal restabelece ordem de silêncio contra Donald Trump e advogados
Notícias ao Minuto

06:51 - 01/12/23 por Lusa

Mundo Donald Trump

Esta ordem tinha sido imposta a Trump em outubro, depois do magnata republicano ter recorrido às redes sociais para atacar a assistente do juiz que preside ao julgamento, Arthur Engoron.

Trump também falou sobre o caso nos corredores do tribunal e estas ações que custaram-lhe 15 mil dólares (cerca de 13 mil euros) de multa.

Os advogados de Trump contestaram a ordem e, em 16 de novembro, um juiz do tribunal intermediário de recurso, David Friedman, suspendeu a ordem de silêncio, levantando preocupações de que violava os direitos de liberdade de expressão.

A ordem de silêncio restabelecida também se aplica aos advogados de Trump.

Na decisão de hoje, os quatro juízes da divisão de recurso do estado rejeitaram os argumentos do ex-presidente, de que a ordem que o proibia de atacar a secretária jurídica do juiz era inconstitucional, de acordo com a estação NBC.

Os juízes indicaram também que a ordem de silêncio é necessária devido à 'enxurrada' de ameaças que foram recebidas contra a assistente do juiz, depois de Trump a ter criticado nas redes sociais.

Após a decisão de hoje, o juiz Engoron indicou que pretende fazer cumprir as ordens de silêncio "rigorosamente e vigorosamente".

Em 17 de dezembro, a defesa do ex-presidente instou o juiz Arthur Engoron a parar o caso com efeitos imediatos, argumentando que tinha prejudicado irremediavelmente o direito do republicano a um julgamento justo por "desvios surpreendentes dos padrões normais de imparcialidade".

Os advogados citaram as decisões contra o seu cliente, o proeminente papel do oficial de justiça chefe, as doações políticas do funcionário judicial e a partilha de artigos sobre o caso pelo juiz, com antigos colegas da escola secundária.

"O meu oficial de justiça principal não faz sentenças nem emite ordens, eu sim", escreveu Engoron, acrescentando: "as minhas sentenças são minhas e apenas minhas".

O processo desencadeado pela procuradora-geral Letitia James alega que Trump, a sua empresa e executivos de topo inflacionaram a sua fortuna em milhares de milhões de dólares nas suas declarações financeiras, entregues a bancos, seguradoras e outras entidades para garantir empréstimos e concretizar negócios.

Trump e os outros arguidos declararam-se inocentes.

O magnata, favorito à nomeação presidencial de 2024 no Partido Republicano, vem desde há muito a queixar-se da procuradora-geral, do juiz do processo e da sua oficial de justiça principal, Allison Greenfield, todos do Partido Democrata.

Leia Também: Trump agiu de "boa fé" ao questionar resultados de 2020, dizem advogados

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