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Human Rights Watch denuncia situação dos direitos humanos nos EAU

A Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje a situação dos direitos humanos nos Emiratos Árabes Unidos (EAU) e questionou as garantias de liberdade de expressão no país, no contexto da conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre clima.

Human Rights Watch denuncia situação dos direitos humanos nos EAU
Notícias ao Minuto

23:25 - 28/11/23 por Lusa

Mundo EAU

A dois dias do início da 28.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28) que se realiza no Dubai, a partir de dia 30, os dirigentes dos EAU "ainda não disseram se se podem organizar protestos e se os participantes têm os seus direitos garantidos", disse, em conferência de imprensa, a investigadora da HRW para a Arábia Saudita e os EAU, Joey Shea.

A HRW criticou também que a conferência ocorra em um dos Estados que mais petróleo produz e que, segundo esta organização de defesa dos direitos humanos, não cumpre qualquer dos objetivos definidos no Acordo de Paris para limitar o aumento da temperatura média global no planeta.

Acresce ainda a falta de transparência em termos de clima deste Estado do Golfo Pérsico. "Não há forma de medir o impacto climático dos Emiratos", assegurou Shea, que adiantou que os académicos do país "não podem falar com liberdade e têm linhas vermelhas marcadas pelo governo".

Em relatório, a HRW detalhou que "os que falam ou investigam a exploração dos combustíveis fósseis, ou os danos à saúde e ao clima que provocam, correm o risco de se expor a vigilância ilegal, detenção e maus-tratos".

Os EAU também receberam fortes críticas por menorizar os direitos dos trabalhadores migrantes, "57% dos quais vêm de países afetados pela crise climática na África e no Sudeste Asiático", disse, em conferência de imprensa, o especialista em direitos laborais e fundador de Equidem Research, Mustafa Qadri.

Este acusou mesmo a comunidade internacional de "cumplicidade com a situação" e garantiu que a escolha do país para receber a COP28 é "produto de interesses económicos".

Contudo, os ativistas entendem que a COP28 "é a grande oportunidade para falar dos direitos humanos nos Emiratos", argumentou Ahmed Al-Nuaimi, um opositor do governo dos EAU, "como se fez no ano passado no Egito.

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