"Culpa sem fim". Suzi não atendeu chamada do irmão e este desapareceu
Shaune desapareceu a 21 de junho de 2017.
Mundo Reino Unido
Suzi Maltwood estava a ter um dia atarefado no trabalho quando viu que o seu irmão lhe estava a ligar. Ao invés de atender, deixou tocar, com a ideia de que mais tarde lhe ligaria de volta.
Contudo, a chamada nunca mais chegou a ser atendida.
"A última vez que tive notícias do Shaune, ele estava muito dependente de mim", começa por recordar. "Ele não estava bem mentalmente, então falávamos quase diariamente. Mas naquele dia estava a fazer horas no trabalho por ter tirado dias para cuidar dele [e não consegui atender] Agora, vivo com uma culpa sem fim", diz Suzi.
Shaune desapareceu a 21 de junho de 2017. Apesar dos seus problemas de saúde mental, também se mostrava otimista quanto ao seu futuro, noticia o Metro britânico. Com 45 anos, era gerente de várias empresas em Londres, incluindo uma empresa de limpezas.
"Todos os dias questiono-me se tivesse atendido aquela chamada, será que tinha desaparecido", interroga Suzi.
Shaune vivia em Eltham, Reino Unido, e era pai de cinco filhos. O homem gostava de visitar a Ilha de Sheppey - uma ilha ao largo da costa norte de Kent - com os seus dois cães ou em férias com a família. A última vez que Shaune foi visto, naquele dia de verão, foi precisamente num parque de caravanas na aldeia de Eastchurch, na ilha, onde se tinha deslocado para vender uma carrinha.
"Foi sempre um tipo de pessoa feliz e adorava os seus filhos e a sua neta. Tinha uma paixão por carros vistosos", recorda Suzi, que dava tudo para voltar a ouvir o irmão a falar-lhe de carros, apesar de não ser um tema do seu agrado, confessa.
Nos últimos seis anos, não há pistas sobre o que aconteceu a Shaune. Não há registos bancários, consultas médicas ou registos de trabalho. Sabe-se que não usou a carta de condução nem o passaporte e a Interpol confirmou à família que não há indícios de que tenha saído do país.
Após tantos anos sem informações, Suzi diz compreender que a procura pode parecer infrutífera aos olhos dos outros. Contudo, defende que não pode desistir. "Ele faria o mesmo pro mim", atira.
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