"Se a China decidir restabelecer a presença de alguns pandas nos Estados Unidos, obviamente recebê-los-emos muito bem", assegurou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
No dia 08 de novembro, os três pandas gigantes do jardim zoológico de Washington partiram para a China, marcando o fim de uma prática de diplomacia animal iniciada em 1972.
A sua saída deveu-se ao facto de ter expirado um contrato com a China, num contexto de relações tensas entre as duas superpotências.
Contudo, na noite de quarta-feira, após uma cimeira na Califórnia com o Presidente norte-americano, Joe Biden, o líder chinês, Xi Jinping, sugeriu um regresso ao solo dos EUA dos ursídeos negros e brancos.
"Disseram-me que muitos americanos, especialmente crianças, não queriam ver os pandas partir e foram ao zoológico [de Washington] para se despedirem deles", disse Xi, durante uma reunião com políticos dos Estados Unidos.
Biden disse que o jardim zoológico de San Diego (oeste da Califórnia) estava pronto para recebê-los e Xi Jinping deixou uma promessa.
"Os pandas gigantes são embaixadores da amizade entre o povo da China e dos Estados Unidos. Estamos prontos para continuar a nossa cooperação com os Estados Unidos na proteção dos pandas e vamos fazer o nosso melhor para atender aos desejos dos californianos", assegurou o líder chinês.
A retoma da "diplomacia panda", a acontecer, será mais um indicador da relativa distensão entre as duas superpotências, manifestada pelo regresso do diálogo direto entre Joe Biden e Xi Jinping.
Os primeiros dois pandas foram oferecidos por Pequim aos Estados Unidos em 1972, após uma visita histórica do então Presidente Richard Nixon à China comunista de Mao Tsé-Tung.
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