A mãe do menino de 2 anos que morreu depois de ter ficado esquecido no interior de uma carrinha escolar em São Paulo, no Brasil, contou que o filho não queria ir para a creche naquele dia, e chorou ao entrar no veículo. A mulher, que confessou ter tido um pressentimento de que algo não estava bem, pediu também que se faça justiça.
"Ele estava tão bem [na terça-feira]. Mas, quando o deixei na carrinha, chorou. Ele chorou. Não queria ir. E ela [auxiliar do motorista] sentava-o sempre à frente, mas sentou-o no banco de trás e esqueceu-se do meu filho", disse Kaliane Rodrigues, ao g1.
A mulher, que considerou que a morte da criança se deveu à “irresponsabilidade” da auxiliar, apontou que, neste momento, apenas deseja que se faça “justiça”.
"Sempre que chegava, o meu filho estava lá. Hoje, cheguei e o meu filho não estava e nunca mais o vou ver. Eu nunca mais vou ver o meu filho. Nunca pensei passar por isto, é muito difícil saber que deixei o meu filho na carrinha, pensando que estava seguro, e fui trabalhar. Mas tive um pressentimento de mãe. O meu dia não foi bom e, quando chegaram as 16h00, perguntei à minha mãe se o Apollo tinha chegado”, recordou.
De notar que o motorista, Flávio Robson Benes, de 45 anos, e a sua esposa e auxiliar, Luciana Coelho Graft, de 44 anos, só se aperceberam da ausência do menino depois do almoço, quando voltaram a usar a carrinha. A criança foi encontrada já inconsciente e, apesar de ter sido transportada para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, chegou à unidade já sem vida.
As autoridades, que detiveram o casal, suspeitam que Apollo terá morrido devido às altas temperaturas que se fazem sentir atualmente. Na terça-feira, os termómetros chegaram aos 37,7ºC.
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