Mordeu um soldado e esbofeteou outros dois. Quem é Ahed Tamini?

Também o pai da ativista foi detido, em outubro. A família não tem informações sobre o seu paradeiro. A ativista, de 22 anos, foi agora novamente detida - anos depois de morder um soldado israelita para defender o irmão.

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© Juan Carlos Lucas/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
06/11/2023 16:08 ‧ 06/11/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Ahed Tamini

Quase um mês depois de a tensão ter aumentando no Médio Oriente com o conflito entre o Hamas e Telavive, o porta-voz do exército israelita anunciou a detenção de uma ativista de 22 anos.

Segundo o responsável as autoridades, Ahed Tamini foi detida na cidade de Nabi Saleh, na Cisjordânia, por suspeitas de “incitamento à violência e de atividades terroristas”, estando agora sob custódia “das forças de segurança israelitas para ser interrogada”.

De acordo com a Agência France-Presse (AFP) a detenção aconteceu durante uma operação do exército israelita "destinada a deter indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em atividades terroristas e de incitamento ao ódio".

Segundo uma força de segurança disse à AFP, a detenção aconteceu na sequência de uma publicação no Instagram, que circulava nas redes sociais e que foi atribuída à ativista. A mãe de Ahed Tamimi negou que ela tivesse partilhado a imagem em questão. "Há dezenas de sites com o nome da Ahed e com a sua fotografia com as quais ela não está relacionada", referiu Nariman al-Tamimi à agência.

A mãe da ativista referiu que também o marido, pai de Ahed, foi detido a 20 de outubro - e que desde aí que a família não tem notícias dele.


Mas quem é Ahed Tamimi?

Apesar de ser jovem, Tamimi não é desconhecida da causa palestiniana. A primeira vez que Tamimi ganhou notoriedade foi em 2015, quando defendeu o irmão de um soldado israelita.

A jovem, na altura com 14 anos, foi filmada a morder um soldado israelita para o impedir de deter o irmão mais novo, imobilizado no chão, com o braço engessado.

Desde então, tornou-se um ícone mundial da causa palestiniana e é considerada pelos palestinianos como um exemplo de coragem face à repressão israelita nos territórios palestinianos ocupados.

Um retrato gigante de Tamini foi pintado no muro de separação israelita na Cisjordânia ocupada, no setor de Belém.

Não ficou por aqui…

O episódio, que correu o mundo, não foi único, já que Tamimi foi detida em 2017, durante oito meses, por ter esbofeteado dois soldados israelitas no pequeno pátio da casa da família.

Desde o início da guerra desencadeada a 7 de outubro pelo mortífero ataque a Israel lançado pelo movimento islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza, as forças de segurança israelitas procederam a detenções maciças de palestinianos suspeitos de violência, de incitamento à violência ou de serem membros do Hamas.

Cerca de 150 palestinianos foram mortos na Cisjordânia ocupada por disparos de soldados israelitas ou de colonos, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.

Leia Também: Bombardeamentos na Faixa de Gaza já fizeram mais de 10.000 mortos

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