Segundo as autoridades israelitas, mais de 1.400 pessoas foram mortas em território israelita pelos combatentes do Hamas, na sua maioria civis, abatidas por balas, queimadas vivas ou mutiladas no primeiro dia do ataque, perpetrado no dia 07 de outubro a partir da Faixa de Gaza.
Israel garantiu também que o Hamas raptou cerca de 220 pessoas, entre israelitas, cidadãos estrangeiros ou com dupla nacionalidade.
Na Faixa de Gaza, mais de 7.000 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas nos bombardeamentos levados a cabo em represália pelo exército israelita, segundo a mais recente atualização do Ministério da Saúde do território palestiniano controlado pelo Hamas desde 2007.
A morte de mais de 200 estrangeiros, muitos dos quais também tinham nacionalidade israelita, foi confirmada pelos diferentes países, segundo uma contagem elaborada e atualizada hoje pela AFP.
A lista das vítimas estrangeiras em Israel e dos respetivos países, de acordo com as últimas informações hoje divulgadas:
Tailândia, Estados Unidos e França são os países mais afetados
Pelo menos 33 tailandeses foram mortos e 18 raptados, segundo um novo relatório do governo tailandês hoje divulgado. Cerca de 30.000 tailandeses trabalham em Israel, principalmente no setor agrícola.
Dados da Casa Branca (Presidência dos Estados Unidos) referem que pelo menos 31 norte-americanos foram mortos, enquanto outros 13 estão dados como desaparecidos. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que havia cidadãos norte-americanos entre os reféns. Uma mulher norte-americana e a sua filha foram libertadas na passada sexta-feira.
Em Paris, segundo anunciou na quarta-feira o Presidente de França, Emmanuel Macron, também 31 cidadãos franceses foram mortos, enquanto outros nove estão reféns do Hamas em Gaza, incluindo Mia Shem, que apareceu num vídeo transmitido a 16 de outubro pelo movimento islamita.
Ucrânia e Rússia com um balanço pesado
Segundo um novo relatório divulgado hoje por Kiev, 21 ucranianos foram mortos, existindo registo de um desaparecido.
De Moscovo veio a confirmação de que 19 russo-israelitas foram mortos e dois outros estão reféns do Hamas, enquanto sete russos estão também desaparecidos.
Do Nepal a Portugal, passando pelo Brasil
No caso do Reino Unido, pelo menos 12 britânicos foram mortos e cinco estão dados como desaparecidos, segundo informações fornecidas por Londres. Entre os mortos conta-se Yahel Sharabi, uma rapariga de 13 anos morta com a mãe Lianne e a irmã mais velha Noiya, de 16 anos, anunciou a família. O pai, Eli, continua desaparecido.
Pelo menos 10 nepaleses foram mortos, segundo a embaixada do Nepal em Telavive, que indicou também ter perdido o contacto com outro concidadão.
Berlim indicou, por seu lado, que o total de alemães mortos é inferior a dez, mas com "um número baixo de dois dígitos" de reféns.
De Buenos Aires, o governo argentino deu conta de nove mortos e 21 desaparecidos.
O governo do Canadá confirmou a morte de seis cidadãos canadianos e dois desaparecidos.
Roménia divulgou a morte de cinco israelo-romenos, incluindo um soldado, estando outro cidadão do país refém do Hamas.
De Portugal, a lista da AFP indica quatro luso-israelitas mortos e outros quatro desaparecidos.
Da China há a confirmação de quatro mortos e dois desaparecidos.
As Filipinas confirmaram quatro mortos, entre os quais uma mulher de 33 anos e um homem de 42 anos, num ataque a um 'kibutz'. Dois filipinos estão também desaparecidos.
Em relação ao Brasil, foi confirmada a morte de um homem e de uma mulher com dupla nacionalidade (brasileira e israelita). O país também confirmou a morte de uma outra cidadã brasileira.
Áustria, Itália, Bielorrússia, Peru, África do Sul, Chile, Turquia, Espanha, Colômbia, Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda, Suíça, México, Países Baixos, Uruguai, Paraguai, Tanzânia e Sri Lanka também são referenciados na lista da AFP como países que confirmaram a morte de cidadãos ou comunicaram a existência de reféns ou desaparecimentos.
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