Em causa está a 6.ª edição do 'Portugal Economic Forum', que contou dois painéis: "Economia Verde", que abordou a jornada de Portugal rumo à sustentabilidade; e "Automóvel/Mobilidade", que procurou expor as formas como Portugal explora soluções de mobilidade sustentável, veículos elétricos e tendências transformadoras no setor automóvel.

"O nosso objetivo é posicionar Portugal como destino de investimento estrangeiro, neste caso dos Estados Unidos: investimento industrial e investimento em telecomunicações. Nós achamos que Portugal tem uma proposta muito boa a fazer, porque Portugal preenche uma série de requisitos que são importantes para os investidores norte americanos", disse à Lusa o presidente da AICEP, Filipe Costa.

Segundo Filipe Costa, Portugal tem a seu favor o facto de ser "um país aliado, um país membro da NATO e um país 'atlantista' da União Europeia, e é um país que está bem posicionado geograficamente, para 'nearshoring' dos Estados Unidos". 

Portugal "é um país campeão da transição energética e com base no sucesso que temos na transição energética e na produção de eletricidade de fontes renováveis, eólica, solar e hídrica, estamos a conseguir atrair uma série de investimentos de grande indústria pesada, mas que desta vez é descarbonizada, portanto, é eletrificada, e com introdução de circularidade, portanto, indústria verde e limpa, para a Europa", acrescentou.

O primeiro painel do Fórum, denominado "Economia Verde" e moderado por Anthony Livanios, CEO da U.S. Energy Stream, reuniu empresas portuguesas e norte-americanas que partilharam as suas experiências na transição para uma economia verde, na transição energética e na transformação digital.

Neste painel estiveram presentes representantes da EDP Renováveis, da Galp e da Davidson Kempner Capital Management, que destacaram a importância de investir em energias renováveis, tecnologias limpas, infraestrutura verde e economia de dados.

O setor automóvel e a mobilidade dominaram o segundo painel, que contou com a moderação de Rodrigo Carvalho, presidente do conselho de administração da Câmara de Comércio Portugal-Estados Unidos, e com a presença de empresas como EFACEC, Brisa Group e BorgWarner.

"A indústria automóvel portuguesa está a abraçar a sustentabilidade. Indústria limpa, introduzindo a descarbonização e a circularidade na produção de veículos elétricos, híbridos e outros combustíveis alternativos. Com o recurso a fontes de energia renováveis, promovendo a inovação e criando oportunidades económicas, Portugal pode atingir as suas metas ambientais, promover avanços tecnológicos e contribuir para um futuro mais verde e sustentável", apontou a AICEP no seu programa.

"O nosso objetivo principal foi convidar empresas norte-americanas que identificamos como estando disponíveis para investir no exterior e que estão disponíveis para investir na Europa e nas quais nós podemos posicionar Portugal para ser esse destino de investimento", explicou Filipe Costa, em Nova Iorque.

O 'Portugal Economic Forum' deste ano contou ainda com a presença do secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, do embaixador de Portugal em Washington, Francisco Duarte Lopes, e da embaixadora norte-americana em Lisboa, Randi Charno Levine.

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