O balanço de 101 mortes na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, divulgado hoje), surge num contexto que já era muito tenso nos territórios ocupados por Israel mesmo antes da guerra na Faixa de Gaza.
Há alguns meses, houve um aumento da violência na Cisjordânia com ataques regulares realizados pelas forças israelitas e ataques de colonos de Israel contra a população palestiniana. A guerra na Faixa de Gaza aumentou ainda mais a tensão na Cisjordânia.
Desde 07 de outubro, um membro das forças de segurança israelitas foi morto durante uma destas operações, segundo o exército israelita.
Na noite de terça-feira para hoje, cinco palestinianos foram mortos pelas tropas israelitas, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
Três deles estavam em Jenin [norte da Cisjordânia], publicou a agência de notícias oficial palestina Wafa, citando fontes locais.
Num comunicado, o exército israelita, sem mencionar as vítimas palestinianas, confirmou ter realizado "operações antiterroristas" na zona após o lançamento "de artefactos explosivos contra as forças de segurança".
Dois outros palestinianos foram mortos em Qalqilya [norte da Cisjordânia] e o outro em Qalandiya, ao norte de Jerusalém.
A Autoridade Palestiniana não tem qualquer poder na Faixa de Gaza, de onde foi expulsa em 2007, após alguns dias de confrontos com o movimento islamita Hamas.
No poder desde então na Faixa de Gaza, o Hamas lançou uma série de ataques a Israel em 07 de outubro que, segundo fontes israelitas, mataram mais de 1.400 pessoas, na sua maioria civis.
Os comandos do Hamas também levaram à força cerca de 220 reféns para a Faixa de Gaza, segundo Israel.
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou na terça-feira que cerca de 5.800 pessoas foram mortas por ataques israelitas na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, a maioria delas civis, incluindo quase 2.400 crianças.
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