Israel: China condena ações que prejudicam civis

O Governo chinês condenou hoje as "ações que prejudicam civis" após confrontos entre o movimento islâmico palestiniano Hamas e Israel.

Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China

© REUTERS/Thomas Peter

Lusa
09/10/2023 10:41 ‧ 09/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel

"A China está muito preocupada com a contínua escalada do conflito israelo-palestiniano", disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning, acrescentando que Pequim "lamenta as vítimas civis causadas pelo conflito" e "rejeita e condena ações que prejudicam civis".

A China disse no domingo que está "profundamente preocupada" com os confrontos que já deixaram mais de mil mortos entre israelitas e palestinianos.

Pequim "opõe-se a qualquer ação que possa prolongar o conflito e comprometer a estabilidade regional" e "espera que um cessar-fogo seja estabelecido o mais rapidamente possível para que a paz possa ser restaurada", realçou Mao.

Em conferência de imprensa, a porta-voz também disse que a "comunidade internacional deve desempenhar um papel eficaz e trabalhar em conjunto para acalmar a situação".

"Uma saída para o ciclo de conflito israelo-palestiniano reside na retomada das conversações de paz, na implementação da solução dos dois Estados e na promoção de uma solução abrangente e apropriada para a questão da Palestina, de modo a salvaguardar as preocupações legítimas de todas as partes", acrescentou.

"A China continua a fazer esforços incansáveis, junto com a comunidade internacional, para este fim", afirmou.

A diplomacia chinesa, que no início deste ano mediou a aproximação entre o Irão e a Arábia Saudita, afirma regularmente que quer dar o seu contributo para o processo de paz israelo-palestiniano, que está paralisado desde 2014.

Até recentemente pouco envolvida na questão israelo-palestiniana, em comparação com os Estados Unidos, a China, que mantém boas relações com Israel, está agora a realçar mais a sua posição sobre o assunto.

A embaixada da China em Israel confirmou hoje que uma estudante sino - israelita de 25 anos está entre os sequestrados pelo grupo islâmico Hamas durante o ataque a um festival de música perto da fronteira de Gaza.

"Noa é uma mulher sino - israelita que participava de um festival de música pacífico em Israel quando terroristas do Hamas a sequestraram e a arrastaram de Israel para Gaza. Ela é uma filha, uma irmã e uma amiga", afirmou a representação diplomática através da sua conta na rede social Weibo -- semelhante ao X, que está censurado na China.

A missão diplomática incluiu ainda um vídeo divulgado pela sua família e vários órgãos de comunicação social que mostra o momento em que a jovem é obrigada a subir para uma moto enquanto implora "não me matem".

Em comunicado, a Câmara de Comércio da China em Israel confirmou que Noa nasceu em Pequim e pediu ajuda para encontrá-la.

É o segundo caso envolvendo uma pessoa de nacionalidade ou ascendência chinesa, depois de a embaixada ter confirmado no domingo que um trabalhador chinês foi ferido na véspera por uma bala perdida perto de Ashkelon.

A representação emitiu um alerta de segurança no sábado a instar a comunidade chinesa em Israel a permanecer atenta ao desenvolvimento dos acontecimentos e a seguir as medidas necessárias para garantir a sua segurança.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

Leia Também: AO MINUTO: Irão nega envolvimento no ataque do Hamas; "Mais de 500 alvos"

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