As FDS realçaram, em comunicado, que as operações foram lançadas na quinta-feira contra as bases turcas de Bab al Faraj e Abdel Hai, localizadas na província de Al Hasaka, em áreas controladas pela Turquia e milícias associadas a Ancara, desde a sua tomada aos curdos sírios durante uma ofensiva transfronteiriça desenvolvida nos últimos anos.
A aliança armada garantiu que ambas as ações causaram a morte a "cinco soldados da ocupação turca e o ferimento de dezenas" mais, justificando a ofensiva como uma resposta legítima aos recentes ataques de Ancara contra as áreas curdas sírias do norte e nordeste do país.
Desde quinta-feira, as forças turcas realizaram mais de 40 bombardeios com caças e 'drones' contra aquela região, onde pelo menos 14 pessoas morreram, segundo o último relatório da organização não-governamental (ONG) Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido e uma extensa rede de colaboradores no terreno.
Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, anunciou que o seu país lançaria ataques em massa contra alvos curdos no Iraque e na Síria, em retaliação a um ataque suicida perpetrado há cinco dias contra o Ministério do Interior em Ancara.
Ambos os agressores pertenciam alegadamente ao grupo guerrilheiro curdo da Turquia, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), mas Fidan afirmou que tinham recebido formação na Síria.
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que em 1984 iniciou uma rebelião armada contra o Governo de Ancara, reivindicou o ataque de domingo contra a sede do Ministério do Interior turco.
Um dos dois atacantes fez-se explodir e o outro foi abatido antes de conseguir entrar no recinto do ministério.
"A partir de agora, todas as infraestruturas e as instalações, designadamente energéticas, que pertencem ao PKK ou às YPG [Unidades de Proteção Popular, as forças curdas sírias] no Iraque e na Síria constituem alvos legítimos para as nossas forças de segurança", afirmou Fidan na quarta-feira.
Em retaliação ao ataque de domingo, a Turquia efetuou também ataques contra posições do PKK no norte do Iraque, que faz fronteira com a Síria e a Turquia.
Leia Também: Turquia quer que EUA acabem com o apoio às milicias curdas na Síria