Uma mulher de 76 anos é a última habitante da aldeia ucraniana Dementiivka, no norte do país, e recusa-se a abandonar o local devastado pela guerra. Vira Chernukha afirma viver sem medo, apesar dos constantes ataques e bombardeamentos. “Não tenho medo. Vivi a minha vida", confessa a idosa.
No ano passado, Vira acordou num hospital russo depois de a aldeia onde mora ter sido bombardeada e despovoada. Segundo a Sky News, a ucraniana viajou durante meses, por cinco países e fez cerca de quatro mil quilómetros para voltar para casa.
Questionada sobre o início da invasão russa à Ucrânia, Vira Chernukha revelou que a única coisa que se lembra do dia 24 de fevereiro de 2022, primeiro dia da guerra, é de acordar um vizinho às 4h20 para lhe dar a notícia.
Vira Chernukha recordou ainda o dia em que um míssil atingiu a casa onde mora. “A porta da minha cozinha estava aberta, eu estava ao lado do fogão. Olhei pela janela e o vidro partiu-se e uma nuvem negra levantou-se", disse a mulher.
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