Clínica dos horrores. Relatos de agressão após morte de utente no Brasil
Cinco funcionários foram detidos após a morte de um homem, de 38 anos.

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Mundo Brasil
Na última segunda-feira, cinco funcionários de uma clínica de reabilitação, no Brasil, foram detidos, suspeitos de matar um paciente, de 38 anos. Agora, um dos funcionários veio dizer que as agressões contra os cerca de 90 utentes eram frequentes.
Segundo a imprensa brasileira, cinco funcionários da Comunidade Terapêutica Kairos Prime, entre os 26 e os 65 anos, são suspeitos de agredirem até à morte o paciente, com recurso a objetos de madeira. O caso foi registado como homicídio, sequestro, sequestro e tortura.
"Cheguei a presenciar algumas agressões e a intervir. As ordens partiam de dois funcionários com consentimento da diretora. Eu comecei a combater e enfrentar os três (...) Se quebrasse uma regra já era espancado", disse o funcionários, que não foi identificado, citado pelo G1, admitindo que se sentiu "impotente e revoltado".
As agressões, segundo o homem, eram "sempre socos" nas costelas e cabeça. "Padrão era amarrar. Eu mesmo já vi batendo nas mãos de um paciente com madeira. Eu não presenciei, mas pegaram um paciente e espancaram tanto que ele defecou na roupa", contou.
De realçar que as detenções ocorreram depois de os polícias serem informados de que o homem tinha dado entrada no hospital já sem vida e com sinais de violência. Os trabalhadores disseram que o interno teria fugido e, após ser capturado, começou a sentir-se mal, motivo que o tinha levado ao hospital. Contudo, as contradições levaram a polícia à clínica, onde testemunhas contaram que a vítima tinha sido agredida.
A polícia revelou que esta foi a segunda morte registada na clínica este ano, depois de, em março, um jovem, de 27 anos, também ter sido encontrado com marcas de agressão. Na altura, foram detidas três pessoas.
Ao G1, o diretor da clínica Comunidade Terapêutica Kairos Prime, Ueder Santos de Melo, disse estar à "total disposição da polícia". "Nunca foi da nossa política ter agressão. Nunca vi como gestor acontecer algo, como muitos estão dizendo. Seria o primeiro a fazer denúncia se visse algo", alegou.
Depois deste caso, a clínica foi interditada, por falta de alvará, após uma fiscalização.
O paciente que morreu teria sido internado no dia 28 de agosto deste ano após ter uma recaída com o uso de drogas.
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