Diplomata alemã diz que UE teria de "ter voz" num conflito em Taiwan
Um conflito entre China e Taiwan teria impacto a nível mundial e a União Europeia teria de intervir e "ter uma voz", defendeu hoje uma alta funcionária do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, Petra Sigmund.

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Mundo Taiwan
"Toda esta questão de Taiwan tem a ver com a paz regional e talvez mundial. Tudo o que acontecer no Estreito de Taiwan, se algo de muito mau acontecer, diz respeito à segurança europeia. Não é uma questão à qual viraríamos as costas", afirmou a diretora geral do Departamento para a Ásia e Pacífico, durante uma conferência em Londres.
Durante o debate 'Como é que a Europa deve lidar com a China?', promovido pelo Instituto de Relações Internacionais britânico, (Chatham House), Sigmund sublinhou que a União Europeia (UE) "tentaria ter uma voz" na resolução do conflito.
"Podemos não ter relações diplomáticas com Taiwan, mas temos boas relações com Taiwan, e tencionamos prosseguir essas relações no quadro de uma política cuidadosa de 'Uma Só China', uma política de uma China única previsível e fiável", vincou a diplomata.
O diretor para o Nordeste Asiático e China do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, Dan Chugg, indicou que esta posição é partilhada pelo Reino Unido.
"Taiwan é um problema mundial, porque se houver um conflito no Estreito de Taiwan, o impacto na economia global será catastrófico. E o impacto nas pessoas de todo o mundo seria o de estarmos a empurrar milhões de pessoas para a pobreza", avisou.
Além da importância de Taiwan na produção mundial de semicondutores - componentes essenciais para a produção de carros, telemóveis e outros bens eletrónicos - pelo estreito que separa a ilha da China passam navios com mercadorias de importância estratégica para o resto do mundo.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Nos últimos anos, a China intensificou a sua atividade militar no espaço aéreo e marítimo em torno de Taiwan, através do envio de caças e navios de guerra, com frequência quase diária.
Leia Também: China acusa Taiwan de usar pactos comerciais para alcançar independência
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