"Ser homossexual ou mulher" não é motivo para pedir asilo, diz Braverman

Na ótica da governante, "vivemos numa época completamente diferente" daquela em que a convenção foi assinada, na qual se verifica uma "mudança interpretativa da 'perseguição', a favor de algo mais parecido com uma definição de 'discriminação'".

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Notícias ao Minuto
26/09/2023 11:41 ‧ 26/09/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

A ministra do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, questionará, esta terça-feira, se a Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951 é adequada à atualidade. De acordo com os meios de comunicação britânicos, que tiveram acesso ao discurso preparado pela responsável, Braverman argumentará que “ser homossexual ou mulher” não não deveria ser suficiente para pedir asilo ao abrigo das leis internacionais.

“Deixem-me ser clara; há vastas áreas do mundo onde é extremamente difícil ser homossexual ou ser mulher. Quando os indivíduos estão a ser perseguidos, é certo que ofereçamos refúgio. […] Mas não seremos capazes de sustentar um sistema de asilo se, na verdade, o simples facto de ser homossexual, ou ser mulher, e temer discriminação no seu país de origem for suficiente para se qualificar para proteção”, dirá a ministra do Interior britânica, durante uma reunião com o thinktank de centro-direita American Enterprise Institute, em Washington.

Na ótica da governante, “vivemos numa época completamente diferente” daquela em que a convenção foi assinada, na qual se verifica uma “mudança interpretativa da 'perseguição', a favor de algo mais parecido com uma definição de 'discriminação'”, cita a BBC.

“O status quo, no qual as pessoas podem viajar através de vários países seguros, e até mesmo residir em países seguros durante anos, enquanto escolhem o seu destino preferido para pedir asilo, é absurdo e insustentável”, dirá, de acordo com o mesmo meio.

Com estas declarações, Braverman tentará impulsionar a adoção de medidas mais duras em relação às migrações.

Por seu turno, a trabalhista Yvette Cooper acusou a ministra de ter “desistido de solucionar o caos das políticas de asilo dos conservadores, recorrendo à arrogância no exterior e à procura de alguém para culpar”.

"A maioria das pessoas na Grã-Bretanha quer ver uma forte segurança nas fronteiras e um sistema de asilo gerido devidamente, para que o Reino Unido faça a sua parte para ajudar os refugiados vulneráveis que fugiram da perseguição e de conflitos. Com o governo conservador, temos o pior de todos os mundos – um sistema de asilo falhado que não é nem firme, nem justo”, argumentou, citada pela Sky News.

Leia Também: Milhares de britânicos manifestaram-se em Londres pela reintegração na UE

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