Segundo um comunicado do GCHR, os irmãos Hazza Al Marri e Rashid Al Marri, ambos advogados de direitos humanos, foram detidos em agosto de 2021 e condenados no ano seguinte a prisão perpétua, sentença que foi depois confirmada por um tribunal de segunda instância.
"Foram condenados por participação ativa numa concentração pacífica de membros da tribo Al Murrah na qual se pedia uma alteração da lei para as eleições do Conselho da Shura", as primeiras legislativas no país, realizadas em outubro de 2021, explicou a organização não governamental (ONG) numa nota.
A lei eleitoral do Qatar limita o direito de voto a quem tem a nacionalidade "original" do Qatar ou a adquiriu, desde que tenha um avô que seja qatari e tenha nascido no país, o que é considerado por várias ONG como "discriminatório" para migrantes ou tribos.
A promulgação da lei foi seguida por protestos nos quais participaram membros da tribo Al Murrah, uma das maiores do Golfo Pérsico.
O GCHR "pede ao Governo do Qatar que anule de imediato as decisões injustas adotadas após acusações falsas que violam os direitos cívicos e humanos dos cidadãos, incluindo o direito de expressar opiniões e o direito de reunião pacífica", segundo a nota.
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