Casa Branca prepara paralisação enquanto Congresso continua sem plano

A Casa Branca vai instruir as agências federais a prepararem-se para uma paralisação, caso os republicanos da Câmara dos Representantes terminem hoje a semana sem um plano viável para manter o governo norte-americano em funcionamento.

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Lusa
23/09/2023 07:24 ‧ 23/09/2023 por Lusa

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EUA

Uma paralisação federal depois de 30 de setembro parece quase certa, a menos que o presidente da câmara baixa do Congresso norte-americano, o republicano Kevin McCarthy, consiga convencer a sua ala mais à direita a permitir a aprovação de uma medida de financiamento temporária, enquanto trabalham no plano anual de despesas federais.

Com o fim de semana a chegar, a Câmara dos Representantes apenas deve retomar os trabalhos na terça-feira, deixando apenas cinco dias para resolver o impasse.

"Temos membros a trabalhar e esperamos poder avançar na terça-feira para aprovar esses projetos de lei", garantiu McCarthy, em declarações aos jornalistas no Capitólio.

McCarthy sinalizou a sua preferência por evitar um encerramento, mas a ala mais conservadora do seu partido, que tem a maioria na câmara baixa, assumiu efetivamente o controlo.

O impasse com os republicanos da Câmara dos Representantes sobre o financiamento do governo coloca em risco uma série de atividades, incluindo o pagamento aos militares e do pessoal responsável pela aplicação da lei, a segurança alimentar e os programas de ajuda alimentar, as viagens aéreas e o processamento de passaportes, podendo causar danos na economia dos EUA.

Com o aproximar do novo ano fiscal, em 01 de outubro, e caso nenhum financiamento esteja em vigor, o Gabinete de Gestão e Orçamento (OMB, na sigla em inglês) da administração liderada pelo democrata Joe Biden está a preparar-se para aconselhar as agências federais a rever e atualizar seus planos de encerramento, adiantou um responsável do OMB à agência Associated Press (AP).

Joe Biden já apontou o dedo aos republicanos da câmara baixa pela provável paralisação, sendo que a oposição pretende cortes de gastos além dos estabelecidos no acordo de junho.

"Eles estão de volta, a quebrar o seu compromisso, a ameaçar mais cortes e a ameaçar fechar o governo novamente", realçou Biden durante um recente discurso nos subúrbios de Maryland.

McCarthy enfrenta imensa pressão por parte de um conjunto de republicanos, sendo que muitos na ala mais à direita estão alinhados com Donald Trump, o favorito republicano para desafiar Biden nas eleições presidenciais de 2024.

A fação mais extremista pressionou McCarthy esta quinta-feira à noite a considerar a sua ideia de esquecer os planos para uma medida provisória de financiamento e, em vez disso, começar a apresentar os 12 projetos de lei individuais necessários para financiar o governo.

Este é o final de uma semana difícil para McCarthy, que tentou, sem sucesso, avançar com um projeto de lei de gastos com defesa, que foi derrubado duas vezes.

A última e mais longa paralisação registada ocorreu durante 35 dias na administração de Trump, entre 2018 e 2019, quando o magnata insistiu no financiamento para construir um muro ao longo da fronteira sul dos EUA, que os democratas e alguns republicanos recusaram.

Como algumas agências já tinham financiamento aprovado, foi um encerramento parcial, mas o OMB estimou que a situação teve um custo de 3 mil milhões de dólares para a economia dos EUA, o que equivaleu a 0,02% da atividade económica dos EUA em 2019.

Leia Também: Casa Branca anima as partes do setor automóvel para chegarem a acordo

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