Um ataque armado à cidade de Timbuktu, no Mali - que está cercada há várias semanas -, matou pelo menos duas pessoas e feriu cinco, disse o exército do país, citado pela BBC.
O ataque terá sido perpetrado pelas forças jihadistas que há cerca de mês e meio cercaram a cidade, Património Mundial da UNESCO, e que o exército do Mali descreveu como "terroristas".
"A cidade de Timbuktu foi alvo de ataques terroristas esta tarde", disseram os militares em comunicado, na quinta-feira, citado pela Al Jazeera.
O Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), ligado ao grupo terrorista Al-Qaeda, declarou "guerra na região de Timbuktu" em agosto, diz a mesma cadeia televisiva.
Em simultâneo, a palavra de ordem para os camiões de abastecimento foi para não se aproximarem da cidade histórica, deixando os seus habitantes numa difícil situação de sobrevivência, praticamente isolados do resto do mundo.
"O cerco criou algum tipo de caos. Aqueles que podem deixar Timbuktu, deixam Timbuktu", disse Mohammed Askia Toure, representante da agência de refugiados da ONU no Mali, à Al Jazeera.
Após o início da gradual retirada dos soldados da paz das Nações Unidas, a pedido do governo militar do país, a violência no Mali tem-se intensificado. Há cerca de 2 semanas, pelo menos 49 civis morreram num ataque contra um barco no nordeste do país, perpetrado por "grupos terroristas armados", contou na altura o exército do Mali, citado pela BBC.
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